PJC aprimora técnicas investigativas e operacionais de policiais

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Seis dias de intenso treinamento aprimoraram o conhecimento de práticas investigativas, armamento e técnicas operacionais de 25 policiais civis lotados em três delegacias da região metropolitana. Neste sábado (08.10), a primeira turma finalizou o Curso de Investigação Policial e Táticas Avançadas, voltado para atender investigadores, escrivães e delegados que atuam na área fim da Polícia Judiciária Civil (PJC).

Até o final de 2016, um total de 200 policiais civis de unidades da região metropolitana será submetido ao treinamento policial, para o emprego das técnicas nas investigações policiais. “Necessitamos de treinamento constante dentro da Polícia Judiciária Civil e temos somado esforços internamente para que nossos policiais possam ser aprimorados tecnicamente e com isso realizar as investigações de forma mais eficiente”, afirmou o delegado geral Rogério Atilio Modelli.

Segurança pessoal no desempenho da atividade policial e durante as folgas foi uma das temáticas trabalhadas no curso, ministrado por instrutores da Gerência de Operações Especiais (GOE), unidade ligada à Diretoria de Atividades Especiais (DAE) da Polícia Judiciária Civil.

O investigador da GOE, Bruno Monti, é um dos instrutores do treinamento, que visa padronizar os procedimentos táticos adotados no dia-a-dia das investigações policiais. “Esse curso vai aumentar a condição de segurança e melhorar a qualidade do serviço prestado pela Polícia Civil à sociedade. Segurança para quando tiverem na rua trabalhando numa investigação e no momento do cumprimento de mandados, e confiança no manuseio do armamento, do uso do poder de fogo da arma que tem em mãos”, disse.

O curso tem 60 horas-aulas, sendo 20 ministradas pela Diretoria de Inteligência e outras 40 horas voltadas a instruções de CQB (combate em ambiente confinado), visando o cumprimento de mandado de busca e de prisão de alto risco, armamento, tiro policial e abordagens em veículos, edificações e de suspeitos. Uma das técnicas que também é abordada no treinamento é a sobrevivência policial, para instruir o policial a se portar de forma segura no momento de folga.

Com 25 anos de polícia, o investigador da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos, Luis Jac, ressalta o nível técnico das instruções ofertadas pelo curso, tanto na parte de Inteligência quanto no tático-operacional da GOE. “Fiz outros cursos, mas não com a qualidade de agora. São técnicas mais apuradas e aprofundadas. Nós, policiais, temos intimidade com arma, faltava aprimorar a técnica", afirmou.

Os 25 policiais da primeira turma do curso atuam nas Delegacias de Roubos e Furtos de Cuiabá e Várzea Grande, e na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derrfva), que são unidades da Diretoria Metropolitana, consideradas altamente operacionais devido às especificidades dos crimes que investigam.

O diretor metropolitano, Miguel Rogério Gualda Sanches, ressaltou que inicialmente a capacitação foi direcionada aos policiais que investigam crimes patrimoniais, para depois ser estendida às demais unidades da Metropolitana. "Estamos pensando no policial que está na atividade fim, que precisa estar preparado para o uso das técnicas na área de investigação, armamento, tiros e operacionais", disse.

O investigador Leandro Nogueira ingressou na Polícia Civil em janeiro de 2015. Passou um ano na cidade de Lucas do Rio Verde e veio para a Capital reforçar o efetivo da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Ele destacou as aulas de sobrevivência policial como ponto alto do aprendizado adquirido. “São técnicas que eu não conhecia e que ajudam na nossa segurança. Aqui aprendemos o jeito correto de entrar numa casa e isso nos dá mais segurança na abordagem”, ressaltou.

A investigadora Divina Mendes, também lotada na Derf, contou que quando estava no interior, na cidade de Itaúba, não tinha disponibilidade de realizar cursos, devido ao pequeno efetivo da unidade. “Em qualquer localidade o policial precisa estar preparado para qualquer tipo de situação”, disse.

A realização do curso é um esforço conjunto de todas as Diretorias da Polícia Civil (Metropolitana, Atividades Especiais, Execuções Estratégicas e Academia de Polícia) com material humano e aporte financeiro ou estrutural. Ao final da capacitação, os policiais receberão certificado validado pela Academia de Polícia.