O governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), declarou estado de emergência zoossanitária em razão do registro de um caso de gripe aviária em Mato Grosso. A medida foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial de Mato Grosso, nesta terça-feira (10).
Pivetta assumiu a chefia do Executivo Estadual em razão da viagem do governador Mauro Mendes (União) à Ásia.
No documento, o governador ressalta a necessidade de estabelecer normas de amparo e fluidez às ações de defesa sanitária animal, de obter acesso aos recursos federais necessários para o combate ao vírus, bem como promover a integração e o apoio especializado às instituições que vão atuar na resposta ao quadro epidemiológico.
O documento ainda cita o “risco de espalhamento da influenza aviária de alta patogenicidade”, no Estado após a detecção da infecção pelo vírus em galinhas domésticas no município de Campinápolis (510 km de Cuiabá).
“Fica decretado o estado de emergência zoossanitária em Mato Grosso pelo prazo de 90 (noventa) dias, em razão da detecção da infecção pelo vírus da Influenza Aviária H5N1 de alta patogenicidade em aves domésticas de subsistência no município de Campinápolis”, diz o decreto.
O texto também autoriza o Governo do Estado a realizar compras de forma emergencial para atender as demandas decorrentes da ameaça sanitária.
Além disso, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) poderá estabelece normas complementares com o objetivo de “disciplinar e operacionalizar” as ações necessárias para o enfrentamento à influenza aviária.
LEIA MAIS – Governo de MT monta barreira sanitária para conter gripe aviária
Primeiro caso
No último sábado (07), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a existência de um foco de gripe aviária em uma criação de aves domésticas em Campinápolis.
Desde domingo (08), as medidas de proteção começaram a ser adotadas na região afetada, incluindo a instalação de barreiras sanitárias e desinfecção completa de veículos.
Conforme as autoridades, o vírus foi detectado fora das granjas comerciais, o que significa que não há impacto imediato sobre a carne e os ovos que são consumidos aqui ou enviados para o exterior.
A transmissão da doença não ocorre por meio dos alimentos, desde que bem cozidos. Os humanos são contaminados a partir do contato com os animais que contraíram o vírus. Dessa forma, corre mais risco quem lida com as aves no dia a dia. (Repórter MT)