O mato-grossense José Olímpio Melo Junior, 32 anos, confessou ter assassinado a detetive particular Zuleide Lourdes Teles da Rocha, 57, em junho deste ano, na cidade de Dourados (MS), a mando de uma mãe de santo. A execução foi desfecho de uma história envolvendo disputa interna pelo controle dos negócios da família, brigas entre ela e o marido, o também detetive Givaldo Ferreira Santos e até rituais religiosos.
Em depoimento à Polícia Civil, o pistoleiro disse que a execução foi tramada pela mãe de santo Sueli da Silva, 56 e por Givaldo Ferreira Santos. Os três estão presos em Dourados. Willian Ferreira Santos, 25, amigo de José Olímpio e filho de Givaldo, está preso em Mato Grosso.
José Olímpio afirmou ter conhecido Willian em Pontes e Lacerda, onde chegaram a dividir a casa. Já em 2021, passando por dificuldades, ele procurou o amigo, que estava em Dourados e foi convidado a se mudar para Dourados.
Na cidade do interior de Mato Grosso do Sul, José Olímpio rapidamente conseguiu um emprego e foi morar na casa de Sueli. Segundo o matador, Sueli era orientadora espiritual de Givaldo e de Willian.
Durante as consultas, a mulher dizia que ele tinha de “dar um jeito” em Zuleide e teria de matá-la.
No início de junho, supostamente “incorporada com o guia”, Sueli teria dito a José Olímpio para ele matar Zuleide, pois seria “protegido pelo guia”. No início, o mato-grossense negou, mas acabou cedendo aos apelos.
Segundo o pistoleiro, foi Sueli e Willian que armaram a emboscada para a empresária. Usando o chip de celular habilitado por Givaldo em nome de uma antiga cliente já morta, a mãe de santo ligou para Zuleide e marcou encontro com a desculpa de que estava interessada em contratar seus serviços de detetive.
Quando a detetive chegou a local combinado, Willian e José Olímpio já a esperavam. Sob a mira do revólver comprado por Givaldo e entregue pela mãe de santo, a dupla arrancou a empresária da picape Montana.
Willian ficou no carro com o sobrinho-neto de Zuleide, garoto de 7 anos que a acompanhava. José Olímpio levou a vítima até uma mata nos fundos do residencial Vival dos Ipês e a matou com tiro na cabeça.
José Olímpio afirmou não ter recebido nenhum pagamento para executar a mulher, mas confessou que Givaldo e Willian prometeram que ele iria ajudá-los a tocar a empresa de monitoramento, registrada em nome de Zuleide. (Olhar Direto/Com informações do Campo Grande News)