Pinheiro cobra posicionamento da Câmara após vereador matar agente de socioeducativo

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O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) cobrou um posicionamento da Câmara de Cuiabá sobre o vereador Marcos Paccola (Republicanos) após envolvimento na morte do policial penal Alexandre Miyagawa, 41 anos, na última sexta-feira (1). O comentário ocorreu nesta segunda-feira (4), na entrega novas vans e motocicletas para ações da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb).

“É um réu confesso da morte desse trabalhador, desse servidor público estadual. Então, isso precisa ser esclarecido. A Câmara precisa se posicionar, seguindo as regras, as normas do regimento interno e da Lei Orgânica do Município, mas queremos que a verdade apareça e o responsável seja punido no rigor da lei, doa a quem doer”, disse.

Ao ainda apontar que o crime abalou a capital e vem causando profunda comoção na sociedade. “Uma comoção total. Estou no mesmo nível emocional da população cuiabana. Acompanhando tudo pela mídia, vendo o desespero da companheira dele… uma dor enorme, uma dor imensurável, um crime que abalou Cuiabá e precisa ser esclarecido. Cada dia que passa está deixando menos de ser um ato de heroísmo para ser um ato de execução. Mas isso, quem vai dizer, são as investigações. Mas não pode ficar sem resposta”.

O crime, de acordo com Boletim de Ocorrências da Polícia Militar, aconteceu na Rua Arthur Bernardes, atrás do Restaurante Choppão, às 19h30, no bairro Quilombo, na área central de Cuiabá.

Já Paccola alegou legítima defesa, versão negada pela namorada do agente, Janaina Sá. O vereador – após quatro horas de depoimento na Delegacia de Homicídios -, foi liberado na madrugada de sábado (2) e no dia seguinte soltou uma longa nota contando sua versão do homicídio.

Segundo análise preliminar de policiais e peritos, o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, conhecido como ‘Japão’ pelo menos dois tiros pelas costas, diferente da versão apresentada pelo vereador.

Emanuel também se posicionou contra o armamento da população, citando que a liberação de armas poderia terminar em tragédias como a que ocorreu em Cuiabá.

“O armamento desemboca nesse tipo de situação que vimos aí, um trabalhador, pela informação que eu tive, um pai de família, perdeu a vida de forma trágica, traiçoeira, aquela cena dele estendido no chão [….] não sai da minha cabeça aquela cena, imaginando a mãe dele, um filho vendo aquela cena”, completou.

Stopa também pede esclarecimento

Na manhã desta segunda-feira (4), o vice-prefeito de Cuiabá, Jose Roberto Stopa (PV) pede justiça e disse que não entendeu porque o vereador não foi detido pela polícia.

“Nós esperamos que se faça justiça. Que este crime seja, rigorosamente, apurado. Com transparência, com justiça. Pois já é muito estranho que o vereador não tenha sido preso na hora. Se fosse outra pessoa teria sido detido na hora, no ato, pois é muito estranho da forma que aconteceu”.

Fonte: O Bom da Notícia