O delegado de Polícia Federal (PF), Stephano Carvalho Cabral Tiengo requereu a concessão de mais prazo para continuar investigação em face da juíza aposentada e cassada quando eleita senadora, Selma Arruda, alvo de inquérito por falsidade ideológica.
“Encaminhe-se os autos ao Ministério Público, informando-o acerca da necessidade de mais prazo para que se possa tomar ciência dos autos e continuar as investigações”, traz despacho do dia 20 de dezembro.
Há suspeita de que a juíza aposentada teria omitido receitas e despesas em sua prestação de contas eleitoral relativa à campanha ao Senado de 2018. Em junho de 2021, a 51ª Zona Eleitoral, por meio do juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, chegou a homologar arquivamento de outro inquérito em face da juíza aposentada. Procedimento investigou suposto crime de uso de documento falso para dissimular a natureza do recebimento de R$ 1,5 milhão.
A Polícia Federal abriu inquérito específico para investigar o crime de falsidade ideológica eleitoral levando em conta que as diligências até então produzidas foram tão somente quanto ao suposto crime de uso de contrato de falso, sobre o qual houve relatório e arquivamento.
Cassação
Selma Arruda, seu 1º suplente, Gilberto Possamai, e a 2ª suplente da chapa, Clerie Mendes, foram cassados pela prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos nas Eleições Gerais de 2018.
No julgamento, A Justiça Eleitoral constatou que Selma Arruda e Gilberto Possamai omitiram fundos à Justiça Eleitoral, que foram aplicados, inclusive, no pagamento de despesas de campanha em período pré-eleitoral. Esses valores representariam 72% do montante arrecadado pela então candidata, o que caracterizaria o abuso do poder econômico e o uso de caixa dois.
Fonte: Olhar Direto