PF prende dois suspeitos de envolvimento em fraudes no auxílio emergencial em MT

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (13), a segunda fase da Operação ‘Et Caverna’, que visa investigar irregularidades no pagamento de precatórios judiciais e do auxílio emergencial em Mato Grosso. Duas pessoas foram presas e três ordens de busca e apreensão foram cumpridas pelos agentes.

 

Os mandados expedidos pela 5º Vara Federal de Cuiabá foram cumpridos em Goiânia-GO e Ipiaçu-MG. A identificação dos envolvidos não foi divulgada.

No endereço dos investigados, os policiais encontraram centenas de telefones celulares, que seriam utilizados para fazer cadastros no aplicativo da Caixa Econômica Federal e, assim, efetuar os saques referentes às parcelas do benefício.

Servidor do TRE-MT foi preso

 

 

Na primeira fase da força tarefa, um servidor público do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) foi alvo de um mandado de prisão por suspeita de envolvimento no esquema de fraude. Ele teria falsificado o e-título – aplicativo da Justiça Federal – para se beneficiar de vantagens indevidas.

As investigações apontaram, ainda, que o grupo teria causado um prejuízo de mais de R$ 15,7 milhões. A organização cooptava servidores públicos e advogados para obter informações privilegiadas.

Os estelionatários utilizavam documentos falsos com dados dos beneficiários dos precatórios, mas com a fotografia dos golpistas, para efetuarem saques de precatórios nas agências bancárias. Em seguida, os suspeitos dividiam o montante para várias contas bancárias com o objetivo de ocultar a ação criminosa.

Porém, com a interrupção temporária do pagamento de precatórios realizado pela Caixa Econômica, os golpistas mudaram de modalidade e passaram a fraudar as parcelas dos contemplados pelo auxílio emergencial. A polícia constatou que cerca de 1.570 saques foram efetuados entre abril passado e março de 2021, gerando um prejuízo de R$ 1,3 milhão.

Nome da Operação

O nome da Operação, “Et Caterva”, se trata de expressão em latim, utilizada de forma pejorativa, que denota a ideia de um grupo de comparsas, visto que a investigação identificou um grupo de pessoas que se uniram no propósito de cometer os delitos hoje desarticulados.

Fonte: Circuito MT