A Polícia Federal (PF) solicitou mais prazo para finalização de inquérito policial em face do senador de Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD), alvo por suspeita de omissão de despesas eleitorais no ano de 2018. Novo prazo deve ser concedido para finalização de diligências complementares.
“Tendo em vista o esgotamento do prazo de permanência destes autos no âmbito policial e a existência de diligências em andamento, faço a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, através do PJe da Justiça Eleitoral (processo nº 0600053-60.2020.6.11.0051), concessão de novo prazo para continuidade da investigação em curso”, traz documento eletrônico assinado no dia dois de março.
Conforme despacho do juiz eleitoral Jorge Alexandre Martins Ferreira, os autos já foram ao Ministério Público Eleitoral para apreciação do pedido. “Retornando os autos e havendo concessão, remessa direta à Polícia Federal para prosseguimento das investigações, sem colheita de novo despacho”.
Entre as diligências em andamento está o encaminhamento da prestação de contas de Fávaro nas eleições de 2018. Recebida a prestação, a PF identificará o administrador financeiro da campanha. A polícia buscará ainda informações acerca da capacidade de prestação de serviço, referente ao ano de 2018, da Gráfica Print.
“Ato contínuo, proceda-se cotejamento entre a pesquisa acima ordenada e a Informação de Polícia Judiciária, que identificou os serviços de publicidade prestados e declarados pela Gráfica Print Industria e Editora Eireli, nas eleições de 2018, no intuito de perquirir a compatibilidade da demanda de trabalho contratada junto à empresa em comento e a mão de obra então disponível”, assinalou a PF em 25 de fevereiro.
Conforme os autos, investigação apura a existência de notas promissórias emitidas por Fávaro em favor da Gráfica Print, cujos valores de R$ 405 mil e R$ 60 mil não teriam sido elencados em sua prestação de contas.
Pesquisas e análise preliminar acerca dos valores totais recebidos nas Eleições de 2018 pela Gráfica Print atingiu montante de R$ 4,7 milhões. Relatório de inteligência aponta que R$ 413 mil seria advindo do então candidato Carlos Fávaro.
As informações são do Site Olhar Direto