A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (26), a Operação Rota Caipira, com o objetivo de reprimir o tráfico internacional de cocaína oriunda dos países andinos Bolívia, Peru e Colômbia, com destino a estados do Norte e Nordeste brasileiros.
Na ação, foram cumpridas 195 medidas judiciais, sendo 28 mandados de prisão preventiva, 95 de busca e apreensão em 14 estados brasileiros.
Também foram apreendidas 16 aeronaves, feito o sequestro de três propriedades rurais e bloqueio de valores, que pode totalizar R$ 300 milhões, dentre outras medidas judiciais, expedidas pela 1ª Vara Federal de Araguaína, no Estado do Tocantins.
Em Mato Grosso, foi cumprido um mandado de busca na cidade de Sorriso (420 km ao Norte de Cuiabá) e outro de prisão em Campo Novo dos Parecis (369 km a Noroeste da Capital).
Os mandados são cumpridos nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Mato Grosso, Piauí, Rondônia, Roraima, São Paulo, Amazonas, Tocantins, Maranhão, Ceará, Goiás.
A investigação começou em novembro de 2020, com uma troca de informações entre a Polícia Federal e a Polícia Militar do Pará, após a apreensão de 815 kg de cocaína em Tucumã (PA).
A Polícia Federal em Araguaína (TO) descobriu que a organização criminosa adquiria cocaína fora do país e realizava o transporte através de complexa estrutura aérea até pontos estratégicos localizados nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão.
A princípio, o destino final dos carregamentos eram as capitais nordestinas, como São Luís (MA), Teresina (PI) e Fortaleza (CE).
A Polícia não descarta que a droga também tenha sido enviada para países da Europa, mas isso ainda é investigado.
Além da Polícia Federal, a operação conta com apoio da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e das polícias militares do Tocantins, Maranhão e Piauí.
Os investigados vão responder pelos crimes de associação, financiamento e tráfico internacional de drogas, organização criminosa internacional, lavagem de dinheiro praticada por organização criminosa, dentre outros crimes.
Com informações da PF e do site G1 Tocantins