A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (25) a “Operação Lavaggio II”, para aprofundamento da apuração de crimes de lavagem de dinheiro, praticados por investigados envolvidos em tráfico internacional de drogas a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos. Policiais federais deram cumprimento a sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em Campinas, sendo cinco em Mato Grosso e dois em São Paulo.
A investigação se originou em decorrência de elementos obtidos durante a “Operação Overload”, deflagrada em outubro de 2020, e tem por objetivo identificar bens adquiridos com proventos oriundos das atividades da organização criminosa, bem como outros envolvidos que tenham autorizado o uso de seus nomes para ocultá-los.
A atual fase de investigação está centrada em suspeito e familiares residentes em Mato Grosso. Ele utilizava a logística do Aeroporto Internacional de Viracopos para enviar remessas de grande quantidade de drogas para a Europa. Foram identificadas movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada, além da aquisição de joias, relógios e veículos de luxo, apartamentos, empreendimentos imobiliários em São Paulo e uma fazenda em Mato Grosso.
Esse é o quarto desdobramento da Operação Overload e decorre do trabalho da Polícia Federal em descapitalizar as organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas.
Saiba mais:
O primeiro desdobramento da Operação Overload se deu em dezembro de 2020 (Operação AKE); o segundo se deu em fevereiro de 2021 (Operação Lavaggio) e o terceiro, em julho (Operação Airline).
Da Operação Overload (1ª fase)
Durante as investigações, constatou-se a existência de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas, operando a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos. No esquema, estavam envolvidos empregados de empresas terceirizadas, de companhia aérea, integrantes das Forças de Segurança Pública e estrangeiros em solo europeu.
Na Operação Overload, 32 pessoas foram presas temporariamente, e foram apreendidos veículos e dinheiro no valor aproximado de R$ 3 milhões.
Da Operação AKE (2ª fase)
Em 3 de dezembro de 2020, no primeiro desdobramento da Operação Overload, a Polícia Federal deu cumprimento a sete mandados de prisão preventiva expedidos contra os investigados que compunham parte da organização criminosa, estando presos até hoje.
Da Operação Lavaggio I (3ª fase)
Em 10 de fevereiro deste ano, segundo desdobramento, durante as apurações da Operação Lavaggio, a Polícia Federal identificou na análise de material apreendido, ao menos, 20 atos de lavagem relacionadas a um dos principais investigados, contabilizando alienações de veículos e compras de imóveis (apartamentos, casas, chácaras), o que foi feito envolvendo familiares do investigado, cujas rendas eram incompatíveis com as transações, além de terceiros e pessoas jurídicas.
Na oportunidade, foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão e 7 ordens judiciais de bloqueio de imóveis (Campinas e Monte Mor), cujo valor aproximado ultrapassou 3 milhões de reais.
Da operação Airline (4ª fase)
Em 6 de julho deste ano terceiro desdobramento, a Polícia Federal centrou seu trabalho em cumprir 18 mandados de prisão preventiva dos envolvidos e dois mandados de busca e apreensão.
Fonte: Hipernotícias