PF apreende lancha no Manso e carrões em operação

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A Operação Cupincha – segunda fase da Curare – deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (28), apreendeu diversos veículos de luxo e também uma lancha no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá).

A PF apreendeu um veículo Mercedes GLC 220 e em Curitiba (PR) e um Toyota Hilux SW4 modelo 2021. Na Capital do Paraná também foi preso o empresário Paulo Roberto de Souza Jamur. Os carros estavam em nome de terceiros.

Paulo Roberto seria sócio do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, que foi preso na Capital mato-grossense. Outro alvo da operação que deveria ser preso em Cuiabá está foragido.

A PF não informou a quem pertencia a lancha apreendida no Manso.

Conforme a PF, a ação que investigou desvios na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, foi deflagrada visando a realização de diligências investigativas, bem como de identificação e de bloqueio patrimonial, em decorrência de supostos atos de corrupção e lavagem de capitais.

O juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, expediu 13 mandados de busca e apreensão, três de prisão e outras medidas cautelas que estão sendo cumpridas em Cuiabá e Curitiba (PR).

O esquema

As investigações da Polícia Federal apontam que um grupo empresarial fornecia serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões de reais e manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando a dissimulação dos eventuais beneficiários.

Fonte: Repórter MT