Pesquisadora identifica grupo nazista em Mato Grosso

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Um levantamento realizado pela antropóloga Adriana Dias, da Unicamp, apontou que a cidade de Rondonópolis (214 km de Cuiabá1) possui uma célula ativa de grupos inspirados em ideologias nazistas. O apontamento foi divulgado pelo portal Universa, vinculado ao UOL, nesta segunda-feira (18).

Conforme a publicação, veiculada no Blog do Pichonelli, do portal nacional, a pesquisa da antropóloga apontou que há pelo menos 334 células deste tipo espalhadas por todo o Brasil.

Apesar de a maioria dos grupos se concentrar nas regiões Sul e Sudeste, há também registros em cidades como Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Rondonópolis (MT) e Feira de Santana (BA).

As células teriam, em média, 40 membros que compartilham de ideais comuns de segregação inspirados em ideias nazistas. Discriminação, supremacia branca, agressão e humilhação seriam estruturas as quais sustentariam os grupos – que se comunicam por meio de fóruns na internet.

A pesquisa faz parte da tese da antropóloga que, desde os anos 2000, estuda a ascensão da chamada extrema-direita no Brasil.

“Normalmente, no Brasil, as células não se conhecem, não se conectam, a não ser as grandes. São grupos de pessoas que conversam, que se reúnem, e eu localizei essas reuniões por sites na internet, blogs ou fóruns. Nenhum deles tem uma corrente única. Eles leem autores que, pelo mundo, brigam um com o outro”, contou a antropólogo ao portal UOL.

Ao HNT/HiperNotícias, a conselheira estadual de promoção da igualdade racial, Antonieta Luisa Costa, apontou que não há espanto para lideranças do movimento negro a predominância de comportamentos racista em Mato Grosso.

Contudo, o requinte organizacional deste tipo de associação é uma novidade e precisa ser investigado e combatido.

“Quando nós do movimento negro fazemos cobranças por políticas públicas é porque temos consciência de que diversos municípios de Mato Grosso apresentam um perfil muito racista. Apesar deste tipo de situação não ser espantosa, é preciso salientar que o nível de organização desses grupos ainda choca. É preciso que se investigue essa denúncia”, pontuou a liderança – que também é fundadora do Instituto de Mulheres Negras (Imune).

Veja a publicação completa aqui.

Fonte: Hipernotícias