O comandante-geral da Polícia Militar, Alexandre Mendes, estima que pelo menos três criminosos que atacaram Confresa (a 1.145 km de Cuiabá) ainda estão em fuga em mata na região de Marianópolis, no Tocantins. Está sendo feito o cerco na região por policiais de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Pará e Minas Gerais. As informações são do RD News.
A força-tarefa para capturar os criminosos está atuando desde o dia 9 de abril, quando bandidos fortemente armados chegaram em Confresa, invadiram um quartel da Polícia Militar, fecharam as vias colocando fogo em veículos e invadiram a Brinks na tentativa de roubar a empresa de valores. Desde então, dois foram presos e 15 dos suspeitos foram mortos em confrontos com a Polícia Militar.
Segundo o comandante, ainda deve existir na mata de três a cinco homens fugindo. “Temos hoje dois locais que têm vestígios na mata. O pessoal está trabalhando na região, mais de 300 policiais atuando. A fuga deles foi frustrada e eles se dividiram em grupos pela mata e pela água, então acredito que a organização acaba se perdendo, até porque a comunicação é muito difícil no local, pela extensa área territorial”, explicou.
Conforme o comandante, na invasão eles já haviam se dividido em três grupos, sendo o primeiro responsável pelo fechamento das vias; o segundo, com cerca de seis homens, pelo fechamento e invasão do quartel; e o terceiro responsável diretamente por roubar a Brinks. Por isso, as equipes calculam de 18 a 20 criminosos participando.
“Esse número pode aumentar. Primeiro, porque eles fugiram por barco, pilotaram a noite. A pessoa que pilotou deve ter um conhecimento técnico da região. Eles pegaram seis embarcações, mas duas deram problema no motor, então eles fugiram em quatro. Além disso, existe um apoio do planejamento que poderia ter ido prá capital para resgatá-los, mas foram frustrados”, explica.
Os criminosos fugiram de Mato Grosso e foram para Tocantins usando essas embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Parte do grupo fugiu também para a Ilha do Bananal.
Executores e mandantes
A força-tarefa para a captura dos criminosos conta com cerca de 350 policiais, três helicópteros, embarcações, drones e cães farejadores. Segundo o coronel Mendes, as buscas não têm data para acabar. “Só sairemos de lá quando o último bandido for capturado”, diz.
Todos os 15 bandidos que morreram nos confrontos têm uma extensa ficha criminal e a maioria deles é do estado de São Paulo, com várias passagens por roubos, inclusive em empresa de transporte de valores em São Paulo. “É uma logística muito alta de pessoas contratadas de outros estados para assaltar a empresa de valores. Estimamos um valor agregado alto para a contratação desses criminosos para uma operação dessa magnitude”, afirma.
No entanto, os mentores e líderes que fizeram as contratações não devem atuar na execução, conforme explica o comandante. “A Polícia Civil ficará responsável por identificar esses contratantes e isso será feito com cautela. Os celulares apreendidos junto com os criminosos também oferecem muitas informações que devem auxiliar nessa investigação”, explica.
Fonte: RD News