PC mira família por aplicar golpes em 30 idosos e lucrar R$ 400 mil em VG

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A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato de Várzea Grande, deflagrou na manhã desta terça-feira (12) a Operação Aliança de Sangue, com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares contra uma associação criminosa que vinha aplicando golpes em aposentados e pensionistas da cidade.

As investigações, iniciadas há cerca de um ano, identificaram mais de 30 vítimas e um prejuízo superior a R$ 400 mil.

👮‍♀️ Mandados e medidas judiciais

A operação cumpre quatro mandados de busca e apreensão expedidos pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias da Comarca de Cuiabá. Os alvos são seis pessoas identificadas nas investigações, incluindo cinco membros da mesma família.

Além das buscas, a Justiça determinou:

  • Suspensão das atividades comerciais de uma empresa envolvida
  • Sequestro de bens
  • Bloqueio de valores em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao esquema

🎯 O golpe

Segundo a Polícia Civil, os integrantes do grupo atuavam como agentes de crédito, intermediando empréstimos e financiamentos. Eles se aproveitavam de pessoas com perfil vulnerável — como idosos com baixa instrução, pouco conhecimento tecnológico ou transtornos mentais — para abrir contas bancárias e contratar empréstimos sem o conhecimento das vítimas.

Os criminosos visitavam os aposentados em suas casas ou os atraíam para escritórios, onde iniciavam o processo de contratação com fotos, selfies e documentos. Alegavam que o procedimento não havia sido concluído, mas na verdade os valores já haviam sido creditados em contas abertas em nome das vítimas — e movimentadas pelos próprios golpistas.

As vítimas só descobriam o golpe ao perceberem descontos indevidos na folha de pagamento dos benefícios do INSS.

💸 Lavagem de dinheiro e ocultação

Para dificultar o rastreamento dos valores e a identificação dos autores, o grupo realizava diversas transferências bancárias entre contas de outras vítimas, criando um emaranhado financeiro que dificultava a investigação.

🗣️ Delegado destaca dupla vulnerabilidade

O delegado André Monteiro, responsável pelas investigações, explicou que os escritórios usados pela quadrilha eram abertos e fechados rapidamente, dificultando a localização dos suspeitos. Ele também destacou o perfil das vítimas:

“Há uma dupla vulnerabilidade: uma pela condição financeira da vítima, que já buscava crédito para se restabelecer, e outra pela condição pessoal — idoso, analfabeto, deficiente físico ou mental”, afirmou Monteiro.

🩸 Nome da operação

A operação foi batizada de Aliança de Sangue em referência ao vínculo familiar entre os principais integrantes da quadrilha, que se uniram para ludibriar pessoas vulneráveis em busca de lucro ilícito. (Com Folhamax)