O delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, Nilson Farias, responsável pela investigação do
assassinato do advogado Roberto Zampieri, oficializou nesta terça-feira o indiciamento do coronel aposentado do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, do pedreiro Antônio Gomes da Silva e do professor de tiros, Hedilerson Fialho Martins Barbosa – trio suspeito de envolvimento na execução do jurista.
Antônio e Hedilerson estão presos na Penitenciária Central do Estado. Já Caçadini está detido no 44° Batalhão de Infantaria Motorizado, unidade do Exército localizada no bairro de Duque de Caxias, em Cuiabá. Roberto Zampieri foi assassinado na noite de 5 de dezembro de 2023, em frente ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, na capital.
A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. Conforme as investigações, Antônio, o pistoleiro, esteve em Cuiabá um dia antes do crime e foi filmado na recepção do escritório de Zampieri, inclusive, conversou com a vítima.
Hedilerson é o intermediário e dono da pistola 9mm que executou o jurista, e Caçadini é apontado como financiador do crime, com suposto pagamento de R$ 40 mil pelo crime. Nilson Farias ainda destaca que Hedilerson e Caçadini mantinham uma relação próxima.
A relação se deve à criação de um grupo denominado frente ampla patriótica para unir os conservadores de todo o Brasil devido às eleições que ocorreram em 2022 com a consagração da vitória de Lula (PT). No curso das investigações, a empresária mineira Maria Angélica Caixeta Gontijo chegou a ser presa por suspeita de ser a mandante do crime, mas foi liberada por falta de elementos.
“No decorrer das investigações, ao meu ver com autoridade policial, não vi elementos suficientes para o indiciamento dela nesse momento. Não me sinto seguro em fazer isso porque o que é o indiciamento? É o ato pelo qual a autoridade policial se convence de que alguém praticou um delito. Com relação a ela, não estou convencido. Em relação aos outros, estou convencido e serão indiciados”, explicou Nilson Farias, reforçando que as investigações seguem em andamento.
As prisões temporárias contra os investigados foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela DHPP de Cuiabá e contaram com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais.
O executor do crime foi preso, no dia 20 de dezembro, na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). No dia 22 de dezembro, foi cumprido o mandado de prisão contra o terceiro envolvido na morte do advogado, apontado como o provável intermediador do crime, responsável por contratar o serviço e entregar a arma de fogo ao executor.
O mandado de prisão contra o coronel da reserva do Exército, apontado como quem financiou a execução do homicídio do advogado, foi cumprido no dia 15 de janeiro, também na cidade de Belo Horizonte (MG).
Fonte: Folhamax