Pastora da Igreja Assembleia de Deus, identificada como Joelma Souza Cardoso de Souza, está entre os mato-grossenses presos após os atos antidemocráticos, realizados no último dia 8 de janeiro, em Brasília. Conhecida como uma das líderes do movimento evangélico em Guarantã do Norte (709 km de Cuiabá), Joelma chegou a transmitir ao vivo imagens da invasão do Congresso Federal. Ainda nas redes sociais, a pastora compartilhou vídeos e fotos do acampamento montado em frente a um quartel do Exército na capital federal.
Logo nos primeiros minutos da transmissão, Joelma reforça seu apoio ao ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) e demonstra consciência de que estava em meio ao ato golpista. A pastora
chega a negar que o presidente Lula (PT), eleito com mais de 60 milhões de votos, tenha de fato vencido o pleito.
“Sabe o que é isso? Os três poderes. Deus nos deu os três poderes e a polícia está com nós. Presidente Bolsonaro, volte logo. Nós vamos entregar a chave do nosso país para o senhor. Nós não elegemos esse bandido”, disse a pastora.
Em um determinado momento da transmissão, diversos internautas questionaram a presença da religiosa dentro de um dos prédios públicos. Em resposta, Joelma chega a agredir verbalmente seus seguidores e utiliza uma notícia falsa para culpar as pessoas que estavam reprovando a atitude da pastora.
“Fale o que quiser seus petezadas endiabrado e endemoniado. Vocês acham que iam fazer nois comer cachorro? Vocês acham que iam fazer o que quer? Nosso país tem dono, Deus é dono deste país. Vocês podem falar o que quiser, se querem comer cachorro vai para Cuba”, respondeu a religiosa.
Seis dias antes da invasão, Joelma compartilhou um vídeo convocando outras pessoas a se deslocarem até Brasília. No registro, a pastora utiliza uma passagem da bíblia para tentar argumentar contra o resultado das urnas. Ao todo, mais de 1.382 pessoas foram presas acusadas de participar das ações terroristas que terminaram com a destruição do Congresso Federal, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. Ainda nesta terça-feira (17), o Gabinete de Prevenção e Mobilização Institucional, criado pelo governadora em execício de Brasília, Celina Leão, após passarem por audiência de custódia, os extremistas que tiverem suas prisões mantidas devem ser encaminhados para seus estados de origem.
Fonte: Olhar Direto