Com investimentos inicialmente orçados em R$ 8,7 milhões, o Governo do Estado e a Prefeitura de Várzea Grande autorizaram o início das obras de construção do Centro de Inovação do Parque Tecnológico Mato Grosso.
“Ainda no primeiro semestre de 2018 o Parque Tecnológico começa a se tornar realidade”, disse o governador Pedro Taques para a prefeita Lucimar Sacre de Campos que sinalizou apostar em uma nova matriz socioeconômica para Várzea Grande que já ostentou o titulo de Cidade Industrial.
A emissão da ordem de serviço, realizada no Paço Municipal, integrou o calendário de festividades preparado pelo Município para comemoração dos 151 anos de fundação de Várzea Grande. A programação foi iniciada ontem, no domingo (6), e segue até o dia 15 deste mês, data do aniversário da cidade.
A concretização do Parque Tecnológico é resultado de uma junção de esforços do Estado e do Município e que promete colocar Várzea Grande como referência nacional em prestação de serviços na área da tecnologia da informação, desenvolvendo e potencializando diversas áreas.
“Esse projeto foi elaborado e acompanhado passo a passo, desde o empenho em regularizar a área que foi doada ao Município e posteriormente passada ao Estado, até a busca por recursos para concretização deste ato de hoje. Nos dedicamos em trazer e manter esse polo de empreendedorismo em Várzea Grande”, pontuou a prefeita.
Além de referência, a prefeita destaca o volume de empregos que serão gerados, tanto na construção do complexo como no pós-obra. “O Parque está localizado no bairro Chapéu do Sol, e desde o anúncio de sua construção, aquela região passou a ser alvo de loteamentos, de empresas, de órgãos do governo e com certeza, será o endereço de novos empreendimentos que terão na tecnologia da informação seu principal produto, seja como prestador de serviço, como desenvolvedores”.
O projeto inicial do Parque tinha orçamento R$ 14 milhões e durante o primeiro semestre de 2017, após uma reavaliação do Plano Diretor, o valor foi reduzido para R$ 8 milhões, permitindo que as ações retomassem caminho para o início das obras.
O governador Pedro Taques disse que há dez anos se fala na construção do Parque Tecnológico, mas somente em 2018 ele está saindo de vez do papel para se tornar a bússola de desenvolvimento do Estado. “Conhecimento, tecnologia e inovação, sem esses três elementos, Mato Grosso não atingirá seus objetivos”. Ele explicou ainda que durante esses dez anos de espera pela construção do complexo, pelo menos dez municípios quiseram ser sede do Parque, por entender a sua importância e dimensionar seu impacto. “Mantivemos o Parque em Várzea Grande, primeiro por sua localização estratégica e segundo, porque foi o ex-governador Jayme Campos que criou a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT), provando que Várzea Grande sempre pensou no futuro e o atual governo do Estado também pensa no futuro”.
O Parque, como explica o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Domingos Sávio, será um ambiente voltado à criação, desenvolvimento, disponibilização de soluções tecnológicas e atração de empresas inovadoras ao mercado. O espaço prevê ainda a implantação de um centro de inovação, incubadoras, aceleradoras, centro de pesquisa, edifícios corporativos, estacionamento, parques, restaurantes, e prestadoras de serviço. “Ao todo serão 80 hectares, sendo 16 deles voltados para instituições públicas, empresas âncoras e startups e mais 64 hectares voltados à instalação de empresas e organizações, privadas que estejam alinhadas com os eixos estratégicos do Parque”, explica o secretário.
O coordenador do Parque Tecnológico, Rogério Alexandre Nunes, que o projeto inicial foi alterado, permitindo melhor otimização da planta, incluindo a utilização de conteiners, “tudo com o grande objetivo de unir governo, instituições de ensino, estudantes e empresas”. Sobre prospecções de instalações, ele antecipou que há contatos de empresas internacionais, “grandes empreendimentos virão”.
Ele reforçou também que o Parque Tecnológico terá cinco áreas prioritárias de atuação: cadeias do agronegócio, biotecnologia, geociência, química verde e novos materiais e tecnologia de informação e comunicação. “É um ambiente voltado à criação, desenvolvimento, disponibilização de soluções tecnológicas e atração de empresas inovadoras ao mercado”.
A prefeita não tem dúvidas de que esse novo polo irá criar oportunidades em diversos segmentos da economia, especialmente em relação ao agronegócio, atividade que sustenta o PIB mato-grossense. “Vamos exportar tecnologia e mão de obra qualificada. Várzea Grande está dando um grande salto para consolidar um novo momento, que em parte irá resgatar o título de Cidade Industrial de fato e não apenas mais de direito, se tornando geradora de emprego, renda e produtos”, afirma a Lucimar Sacre de Campos.
A rota de investimentos em Mato Grosso terá como base também a tecnologia, com a atração e criação de incubadoras e startups, o que segundo o secretário Domingos Sávio, implica em saltos qualitativos e quantitativos na educação. “Oportunidades e valorização, retenção e descoberta de talentos em Mato Grosso, porque o Parque tem sede em Várzea Grande, mas é do Estado todo”.
NOVOS PASSOS – Por contrato, a empresa tem 30 dias para começar as obras de execução do projeto do Centro de Inovação. O prazo de conclusão é de 360 dias, ou seja, 12 meses no total. O prédio deve ficar pronto em junho de 2019 e o orçamento é de R$ 8.746.855,12, com recursos do Fundo de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (FAPEMAT).
A expectativa é de que o Parque movimente mais de 1,3 mil empregos diretos e indiretos nos três módulos de funcionamento: Parque Tecnológico (espaço para o desenvolvimento de inovação pelas empresas), Parque de serviços (focado na promoção de serviços para empresas, industrias e comunidades) e Parque científico (espaço para formação e qualificação de pessoas, núcleos de universidade, laboratórios e centros de P&D).
Estão em processo de instalação também na região, anexa à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) e do campus da Universidade de Mato Grosso (UNEMAT).
Fonte: Folhamax