Milhares de pessoas da comunidade LGBTQIA+ cruzaram algumas das principais avenidas de Cuiabá durante a Parada da Diversidade Sexual, que chegou ao ponto final, na Praça das Bandeiras, por volta das 19 horas.
Com atenção apresentações artísticas, música e discurso político sobre a luta e a consolidação de direitos, os participantes saíram da Praça Ipiranga por volta das 17h50. Veja fotos e vídeos no rodapé da matéria.
A festa da diversidade contou com a presença de diversas lideranças diretas que se articulam politicamente em torno da pauta LGBTQIA+ e, também, de membros da política, a exemplo de deputados e vereadores.
A 18º edição da Parada da Diversidade Sexual de Mato Grosso é realizada na tarde deste sábado (4) em Cuiabá sob o tema “Família de LGBTQIA+ orgulho de re(existir)”.
Presidente do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual de Cuiabá, Valdomiro Arruda, lembrou que, após a votação da Assembleia Legislativa que decidiu pelo arquivamento do projeto que criaria o Conselho Estadual LGBTQIA+, o Conselho da Capital vai abraçar Mato Grosso, visitar cidades polos para criação de 20 conselhos municipais. Pelo menos, é a meta para 2020.
Valdomiro sabe que o trabalho não será fácil.
O evento teve início na praça Ipiranga e seguirá com apresentações até a praça das Bandeiras, na avenida Historiador Rubens de Mendonça, avenida do CPA.
Neste ano, por conta da pandemia da covid-19, a concentração do evento será condicionada pela apresentação da carteira de vacinação completa com as duas doses ou dose única.
Com início programado às 16h, o evento conta com expectativa de público de 7 mil pessoas durante toda a festividade, que terá apresentações artísticas e culturais. Minutos antes, centenas de militantes já estavam na concentração.
A Parada é realizada na mesma semana em que deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso rejeitaram o projeto de lei que visava criar o Conselho Estadual LGBTQIA+ no estado.
Conforme noticiado pela reportagem, a votação contou com 11 votos contra a criação do Conselho e 5 favoráveis. A discussão sobre o projeto registrou dificuldade de tramitação dentro da casa, tendo sido inclusive arquivada antes da apreciação.
A luta para que o Conselho seja criado em nível estadual não é recente. Em 2015, a ALMT também derrubou a criação da instituição, que visa garantir a luta por políticas públicas para a população LGBTQIA+.
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