Pai do único mato-grossense no BBB responde na Justiça por crimes ambientais

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Único representante de Mato Grosso no Big Brother Brasil, o fazendeiro Gustavo Benedeti é filho de Neodir Benedeti, 49, empresário do ramo madeireiro que responde na Justiça por ser suspeito de participar de um esquema de grilagem ocorrido em Marcelândia, em 2009.

Denúncia contra Benedeti foi oferecida após investigação do Ministério Público, que elencou pontos da Operação “Louva-Deus”, deflagrada pela Polícia Civil naquele ano para apurar a prática de crimes ambientais. Procurada pela reportagem, a família de Benedeti afirmou que os atos do pai não estão ligados a Gustavo: “não iremos comentar o assunto”.

Benedeti surgiu na investigação em março de 2010, quando o MPE aditou acusação e incluiu seu nome na denúncia, imputando a ele crimes contra o patrimônio, além de violência e ameaça de destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente.

Consta do procedimento investigatório que na zona rural de Marcelândia, cinco denunciados, dentre eles Neodir, vulgo “Niki”, receberam, adquiriram e transportaram madeira sem a licença válida.

Segundo acusação, em 2009, na Fazenda Perin e Fazenda Nossa Sra. Aparecida, de Marcelândia, todos os denunciados furtaram, por várias vezes, mediante concurso de pessoas e com abuso de confiança, madeira das propriedades rurais.

Restou comprovado, conforme o MPE, que os denunciados adentravam em propriedades rurais, onde passavam a desmatar o local com intuito de extrair furtar madeira. Além disso, eles teriam participação decisiva para escoar toda a madeira ilegalmente extraída.

No interrogatório que embasou denúncia, Benedeti negou todas alegações imputadas contra ele, bem como negou conhecer os “irmãos Paraguai”, Claudio e Ademir Mendonza, supostos responsáveis pela extração ilegal de madeira. Neodir disse apenas os conhecer “de vista”.

Além da extração ilegal e furto de madeira, o grupo havia sido denunciado pelo MPE pelo crime de destruição da floresta. Adalto Quintino da Silva, juiz da Vara Única do município, porém, analisou que tal delito prescreveu em 2016. Com relação aos outros crimes, o processo segue.

Último andamento de Benedeti no caso ocorreu em 2018, quando o Oficial de Justiça Flavio Tirapelle cumpriu mandado de intimação, em Marcelândia, contra os acusados. Na ocasião, Benedeti não foi encontrado, pois o réu teria se mudado para localidade chamada Primaverinha.

Fonte: Olhar Direto