Cleuvimar Peres, pai do aluno bombeiro Lucas Veloso Peres, de 27 anos, que morreu durante um treinamento do Corpo de Bombeiros na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, disse ao RepórterMT que não é o sentimento de vingança contra os responsáveis pela morte do filho que o move.
Mensagens trocadas por colegas de Lucas que passaram a circular na imprensa sugerem que ele pode ter sido vítima de “caldo”, prática na qual uma pessoa afoga propositalmente a outra.
“Não estou querendo vingança, não consigo sentir nem ódio da pessoa que fez isso. Ele não tem que me explicar nada. Nem para a Justiça aqui, senão for explicar, mas para Deus ele vai ter que explicar. Então ele vai ter que carregar essa mancha na mão dele”, disse.
“Tem um ditado: você escolhe o que planta, mas se você plantou aquilo, você vai ter que colher aquilo“, emendou.
Lucas morreu no dia 27 de fevereiro. Após o afogamento, cujas circunstâncias estão sendo investigadas, ele foi levado para o Hospital H-Bento, em Cuiabá, onde foi constatado o óbito.
A primeira versão, dos bombeiros que participaram do treinamento, é que o aluno teve um mal súbito. Essa possibilidade foi descartada pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que apontou a causa da morte como afogamento.
“Como a pessoa tira a conclusão de que teve um mal súbito, se nem conhecimento técnico de medicina ela tem para falar? Eu acho que é um absurdo o que fizeram com o meu filho”, afirmou Cleuvimar.
O coronel Dércio Santos da Silva, do Corpo de Bombeiros, é o responsável pela realização do inquérito militar. O prazo para conclusão das investigações é de 40 dias que começaram a ser contados no dia 28 de fevereiro.
O Ministério Público de Mato Grosso determinou a realização de uma reconstituição na Lagoa Trevisan do que aconteceu no dia da morte. Não foi divulgado se essa simulação será realizada nem em qual data.
Fonte: Repórter MT