Otimista, Abílio aposta todas suas fichas em novo modal de transporte e tenta convencer Mendes

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Determinado e convicto de que o BUD – Bonde Urbano Digital pode representar uma solução eficiente, duradoura, menos onerosa e que ajude o Governo de Mato Grosso a colocar um fim na novela do Sistema de Transporte Coletivo de Massa que se arrasta desde 2012, dois anos antes da Copa do Mundo no Brasil, o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), sinalizou que vai procurar o governador Mauro Mendes (UB) que terá a palavra final.

Frisando que como prefeito de Cuiabá tem que defender junto ao Governo do Estado o que for melhor para a cidade, mas de forma comprovada e sem os mesmos erros cometidos no passado, Abílio Brunini esteve em duas cidades na China a convite da Gigante Chinesa CRRC Corporation Limited, uma das maiores fabricantes de trens do Mundo e que tem data para desembarcar sua primeira fábrica no Brasil, mais precisamente na cidade de Araraquara, Estado de São Paulo em 2026.

“Estamos falando do que existe de mais moderno, eficiente e a custo acessível na atualidade em todo mundo e que vai representar uma solução definitiva e sem limites para ser explorado, ampliado e até mesmo para futuramente ser atualizado”, disse o empolgado Abílio Brunini, após sua visita oficial aos Emirados Árabes e a China.

Tenho convicção pessoal de que o governador Mauro Mendes vai receber uma visita oficial da empresa responsável pelo BUD que representará para ele, enquanto prefeito de Cuiabá durante a Copa do Mundo de 2014 e agora como governador de Mato Grosso, a solução para o transporte coletivo de milhares de pessoas, residentes em Cuiabá e Várzea Grande”, explica o prefeito.

Ele fez questão de lembrar que sua viagem oficial foi custeada pela Embaixada dos Emirados Árabes onde buscou recursos da ordem de R$ 1 bilhão para obras de infraestrutura e à China para conhecer o sistema de transporte de massa mais eficiente que existe na atualidade, tanto que a empresa do DRT – Digital-rail Rapid Transit é a mesma que executa obras do maior Metrô do Brasil, na maior do país, São Paulo, além do trem-bala em países asiáticos com resultados considerados exemplares.

A um custo estimado da ordem de US$ 3 milhões (Três milhões de dólares) por quilômetro, a cotação de hoje fechada em R$ 5,27, representaria, no que tange ao projeto inicial de dois ramais do VLT, hoje BRT, um valor estimado da ordem de R$ 365 até R$ 425 milhões.
O projeto original do VLT, hoje BRT, previa dois ramais:

Linha 1: Ligaria o Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá, ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon em Várzea Grande.
Linha 2: Ligaria a região do Coxipó no acesso ao Bairro Tijucal ao Centro Sul, mais precisamente na Avenida da Prainha, na região do Morro da Luz.

Segundo informações extra-oficiais, já que o acordo entre os Governos de Mato Grosso e da Bahia, Estado do Nordeste que comprou os vagões do VLT de Cuiabá e que foi homologado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e das partes envolvidas e foi colocado em sigilo, a negociação girou em torno de R$ 1 bilhão, só que Mato Grosso teria assumido compromissos, também não declarados oficialmente de ressarcimento de parte das despesas do então Consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande.

“Estes recursos da venda dos vagões do VLT podem ser utilizados no DRT ou BUD como muitos estão declarando e representariam em poucos meses a solução definitiva dos problemas que afetaram, afetam e podem afetar ainda mais a vida das pessoas a se continuar com as intervenções das obras que seriam em grande parte descartadas com o Digital-rail Rapid Transit (DRT) ou Bonde Urbano Digital (BUD) como foi anunciado pelo Governo do Estado do Paraná que planeja implantar o mesmo em Curitiba”, disse Abílio Brunini lembrando que o veiculo apresentado ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e ao secretário de Fazenda, Rogério Gallo demonstra que o Governo Mauro Mendes tem interesse na proposta, mas ele ainda não se encontra funcionando.

“O BUD de Curitiba é uma expectativa e torço para que dê certo, pois acredito no projeto e em sua resolutividade, mas o que eu presenciei e estive não apenas na fábrica na China como utilizamos o mesmo demonstra ser uma realidade não tão distante, bastando para isto que tenhamos foco e determinação para tirarmos o mesmo do papel, o que vai ser uma conquista para Cuiabá, para Mato Grosso e para o Brasil”, disse ele.

O vereador Demilson Nogueira (PP), mais cedo durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal, demonstrou o mesmo entusiasmo do prefeito de Cuiabá, e reforçou a posição de que a solução apresentada pela CRRC Corporation Limited está ao alcance de Cuiabá e de sua população que sofre com a falta de um transporte de qualidade.

“Temos que lembrar que o transporte coletivo em nossa Capital é pago, tem um alto custo para o Poder Público Municipal e ainda mais penoso para a população, então quando se tem algo palpável e resolutivo, se faz necessário esgotar as possibilidades de se tirar essa obra do papel”, disse Demilson Nogueira, citando o que considera mais atrativo, o mínimo de impacto em obras de infraestrutura e a possibilidade de se aproveitar tudo o que já foi realizado em termos de pistas e viadutos.

“Eu mesmo tenho receio em propor para a população da minha cidade novas obras decorrentes do sistema de transporte coletivo. A população está saturada e ressabiada, por isso coloco o DRT como a solução mais prática, mais eficiente, menos onerosa, com menor impacto no dia-a-dia da cidade e de sua gente e com valores que são passíveis de serem cumpridos”, assinala Abílio Brunini que é arquiteto de profissão.

Ele ainda assinalou que as obras para que o DRT ou BUD comece a operar em Cuiabá seriam mínimas e com a possibilidade de efetivamente operar em parte do trajeto ainda em 2026.

“O que nos deixa mais animados é o fato de conhecermos a fábrica, utilizarmos o sistema em presenciarmos sua efetividade, sua capacidade de atender as demandas de Cuiabá e de sua população o quanto antes, pois todos estão pagando uma conta demasiadamente cara por erro cometidos no passado e que não podem ser repetidos, por isso procurei e encontrei uma solução viável e vu trabalhar para convencer as demais autoridades dessa viabilidade”, assinalou o prefeito de Cuiabá. (Diário de Cuiabá)