O vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) pode renunciar ao cargo para disputar a eleição suplementar ao Senado. A medida pode fazer com que o governador Mauro Mendes (DEM) perca um aliado de longa data, uma vez que a tendência é que o democrata não apoie o pedetista.
Líderes ligados a Mendes tentam, a todo custo, fazer com que Pivetta desista de sua candidatura para facilitar o apoio do governador ao senador interino Carlos Fávaro (PSD).
A pressão parte, principalmente, do chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, que acredita que a candidatura do social-democrata seja mais viável.
Irritado com a postura do chefe do Executivo Estadual, Pivetta analisa a possibilidade de vir a renunciar ao cargo e concorrer à eleição, mesmo sem o apoio de Mendes.
O deputado estadual Max Russi (PSB), responsável pela coordenação geral da campanha do Pivetta ao Senado, garantiu que o vice-governador irá concorrer à vaga deixada pela juíza Selma Arruda (Podemos), que teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, no final do ano passado.
“O Pivetta está se organizando. Tenho certeza de que, nas próximas semanas, ele estará falando não só com a imprensa, mas para toda a população”, afirmou.
O parlamentar ainda afirmou que o vice-governador já tem o apoio de cinco partidos e tem trabalhado no sentido de aumentar o arco de alianças até a data da convenção.
Conforme Russi, a convenção partidária da legenda deve ser realizada o dia 16, data limite estipulada pela Justiça Eleitoral.
“Já estamos fechados com PSB, PV, PCdoB, MDB, PDT, e as conversas estão avançadas com Rede, Cidadania e SD. Acredito que teremos, pelo menos, oito a nove partidos nesse arco”, afirmou.
Vale lembrar que Pivetta e Mendes caminham juntos desde 2008, com o grupo chamado “Mato Grosso Muito Mais”.
Unidos eles já encararam a eleição para Prefeito de Cuiabá em 2008, Governo do Estado em 2010, Executivo da Capital novamente em 2012, e Palácio Paiaguás em 2018.
Fonte: Diário de Cuiabá