Policiais militares do Batalhão Ambiental, juntamente com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), Juizado Volante Ambiental (Juvam) e da Organização Não-Governamental (ONG) Nex No Extinction, realizaram o resgate de uma onça-pintada na tarde desta quarta-feira (02.02), em uma fazenda de Cáceres. O animal receberá tratamento antes de ser reinserido na natureza.
O apoio integrado foi registrado por volta de 17h, após os donos da fazenda realizarem o pedido de resgate aos órgãos competentes. Segundo os proprietários, a onça, chamada de “Marruá”, era criada por eles desde filhote, quando apareceu no local sozinha. A onça tinha vida livre e comportamento dócil.
A suspeita é de que o animal teria perdido os pais durante os incêndios no Pantanal. O animal era de estimação e tinha convívio como se fosse um gato dentro de casa. A família conta que nunca houve qualquer acidente.
Diante das circunstâncias do crescimento da onça, após ela virar adulta e começar a oferecer perigo na região e para si própria, os proprietários solicitaram que o animal fosse resgatado para voltar à natureza. No local, a equipe do Batalhão Ambiental realizou apoio aos demais órgãos, auxiliando na captura e no procedimento de transporte do animal.
A onça “Marruá” será levada para a ONG Nex No Extinction, que é sediada em Goiás, e receberá tratamento especial para que ela possa ser reinserida em seu habitat natural.
A retirada do animal foi necessária devido a aproximação com humanos do entorno, o que facilita uma possível caça do animal, que está em extinção. Conforme os responsáveis pela área, ainda filhote, a onça foi resgatada após incêndios no ano de 2020, e desde então, tem sido alimentada por humanos. Denominada de Marruá pelos moradores da fazenda, a onça é fêmea, e tem aproximadamente dois anos de idade.
“Pelo fato dela estar muito dócil e domesticada não será possível a soltura em habitat natural. Por enquanto, ela ficará em um recinto sob a guarda do Instituto Nex”, explica Fernando Siqueira, Gerente de Fauna da Sema.
A Sema orienta que quem encontrar filhotes de animais silvestres, ou até mesmo animais adultos que estejam em ambienta urbano, ou com ferimentos, que entra em contato com a Sem ou Batalhão ambiental para a retirada do animal. “Orientamos que seja feita a entrega voluntária do animal para que passe pelos cuidados necessários e seja dada a destinação correta”, conta.