Odontóloga e mais 4 são indiciados por fraude na fila da vacina

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Cinco pessoas investigadas após denúncias de irregularidades na vacinação da Covid-19 foram indiciadas pela Polícia Civil em inquéritos abertos para apurar situações de “fura-fila”, no início da vacinação contra o coronavírus. Entre os indiciados está uma odontóloga.

Abertos pela Delegacia Especializada do Consumidor, os procedimentos foram concluídos nesta sexta-feira (07) com o indiciamento dos suspeitos por infração de medida sanitária preventiva e falsidade ideológica. Nenhum deles teve o nome revelado.

Os crimes foram praticados nos primeiros meses de 2021, quando os números de internações e de mortes por Covid-19 estavam em alta e os hospitais não conseguiam atender a todos os que necessitavam de internação.

As denúncias foram encaminhadas pela Prefeitura Municipal de Cuiabá, após a Delegacia do Consumidor requisitar que todos os casos suspeitos  de tentar burlar o esquema de vacinação, fossem informados à Polícia Civil.

Segundo o delegado da Decon, Rogério Ferreira, as investigações concluíram que cinco suspeitos burlaram as regras para a vacinação, com condutas como realizar cadastro e procurar um posto de vacinação para tomar uma dose de reforço quando tal opção ainda não era permitida pelo Poder Público, tomar a segunda dose de marca de vacina de sua preferência, até a inserção de dados falsos no sistema da Prefeitura Municipal para ser vacinado como integrante de grupo prioritário.

A odontóloga foi indiciada porque incluiu a mãe na lista de profissionais da saúde para que ela tivesse prioridade na vacinação contra o coronavírus, mesmo a mulher não sendo trabalhadora da área da saúde.

Os cinco suspeitos foram indiciados por crime de infração de medida sanitária preventiva, que possui pena de detenção um mês a um ano e multa e, alguns responderão também, por crime de falsidade ideológica, com pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa.

Os procedimentos concluídos serão remetidos à Justiça e a Polícia Civil deve concluir, nos próximos dias, outras investigações que envolvem pessoas que desrespeitaram as normas estabelecidas pelo Poder Público para a vacinação contra o coronavírus.

Fonte: Midianews