O secretário de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, disse que o governo aguarda a conclusão dos projetos executivos para começar as obras para implantação do BRT (Ônibus de Transporte Rápido) na região metropolitana de Cuiabá. Marcelo destacou que, diante do impasse com o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), a obra terá início pela cidade de Várzea Grande.
A situação da Avenida da FEB, que segue como um canteiro de obras a céu, isolado apenas por blocos de concreto, é uma das principais preocupações da Sinfra. Isso porque o local tem sido palco de graves acidentes, que são potencializados pela barreira colocada no canteiro central.
“Já estamos delimitando canteiro, já estamos fazendo os ensaios necessários, fazendo as conclusões que a gente precisa fazer no projeto, que eles [consórcio] têm que fazer, o projeto executivo, têm que nos entregar e nós vamos começar essa obra o mais rápido possível, porque a cidade de Várzea Grande, os moradores de Várzea Grande, não merecem ficar mais algum tempo com aquela ferida aberta, matando gente, danificando imóveis, danificando carro, levando prejuízo à população”, disse o secretário, em entrevista à imprensa na segunda-feira, 12 de setembro.
Marcelo comentou que o Estado não pode ficar de “braços cruzados” enquanto não há um consenso com Emanuel Pinheiro acerca da implantação do modal.
“E nós que passamos por aquela avenida, quase todo santo dia, nós não podemos ficar de braços cruzados esperando uma definição do prefeito de Cuiabá”, ressaltou.
No último mês, o governador Mauro Mendes (União) assinou o contrato para início das obras de implantação do BRT, que interligará Cuiabá e Várzea Grande. A obra é orçada em R$ 468 milhões e tem previsão de ser concluída em até 30 meses pelo Consórcio Construir BRT Cuiabá, que é liderado pela Nova Engevix.
No entanto, Emanuel Pinheiro, defensor do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), falou que não vai permitir início das obras do BRT em Cuiabá. O emedebista apresentou denúncia sobre irregularidades na licitação do BRT, sendo a principal delas uma suposta ligação entre as empresas que compõem os dois consórcios que disputaram o certame.
Fonte: Estadão de MT