Próximo de completar cinco anos do inicio de suas obras de adequação para a Copa do Mundo de 2014, o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, ficara 100% pronto apenas no Natal. Orçada em R$ 84,63 milhões e com 82% dos serviços executados, a obra integra os 22 Termos de Ajustamento de Gestão (TAG), para a retomada das obras da Copa, deve entrar em processo de privatização após seu término.
Em recente levantamento, a secretaria estadual das Cidades (Secid), apontou que entre os serviços finalizados estão a instalação da parte de forro modular metálico (colméia) do setor de desembarque, do pavimento térreo, bem como o forro instalado no embarque superior do terminal, utilizado em vôos domésticos e internacionais. Além dos forros, a instalação das quatro pontes de embarque aparece na lista dos serviços executados. As pontes 1 e 2 já vinham sendo utilizadas normalmente pelos passageiros do Marechal Rondon.
Alas do terminal (A e B), que contemplam as áreas de embarque e desembarque doméstico e embarque internacional do aeroporto, também estão concluídas.
Somado a isso, também aparecem na lista o funcionamento do ar condicionado, a reforma dos sanitários da praça de alimentação, a automatização das portas de entrada do terminal e a finalização da ponte de embarque 3. A equipe finalizou também a implementação da ponte 4, que já está operando. A empresa responsável pela obra é o Consórcio Marechal Rondon (Engeglobal, Multimetal e Farol Empreendimentos).
Contudo, nesse período de três anos após o Mundial da Fifa, quem precisou utilizar o Aeroporto passou por alguns perrengues durante as obras. Ar condicionado não funcionava, o forro caiu em meio a uma tempestade, sem contar, às vezes que foi considerado um dos piores do país.
Diante disso, o foi checar junto aos passageiros se os serviços executados trouxeram melhorias aos usuários. De São Paulo, o pecuarista Paulo Gianesella viaja a cada dois meses para Mato Grosso. Para ele, há dois anos e meio, esperar para o embarque era quase insuportável. "Melhorou bastante. O forro foi arrumado, ar condicionado funcionado, mas ficou dois anos na vergonha", ponderou.
Já a reclamação do comerciante que viaja com muito frequência para diversas regiões do país, Aldemir Pichine, era a falta de lipenza nos sanitários. "Agora está com boa aparência. Está operacional. Contudo, ainda não é um dos melhores aeroportos", disse.
Lá fora, embaixo do viaduto, que fica perto do que seria a estação do Veículo Leve sobre Trilhos trabalha o vendedor de salgado Welton Machado, conta que muitos passageiros buscam refúgios em seus quitutes, devido ao alto preço dos alimentos no aeroporto. Uma garrafa de água mineral, por exemplo, chega a custa R$ 5 e por isso, acaba escutando outras reclamações. "Por aqui passa muita gente, que reclama do preço, que reclama das obras e do transtorno de ainda ter que pagar um valor muito exorbitante numa simples garrafa d'água", conta Welton que trabalha nesse ponto desde o fim da Copa.
O que falta para ficar pronto
O secretario da Secid, Wilson Santos (PSDB) informou que para ficar pronto, falta a parte de sistematização. Segundo o tucano, são oito sistemas. Nesse sentido explica que Consórcio responsável pela obra acabou de adquirir o "switch", um sistema que vai conectar esses sistemas de segurança, iluminação, de esteras de incêndio, ar condicionado, que serão unificados, uma mesma leitura. "Essa é uma obra para o período natalino", disse ao
Além disso, falta a construção de um muro entre a área do aeroporto e a do VLT. Tem de ser construído um emissário de esgoto. Toda a ala C está em reforma, que ala mais antiga do local. Ainda há para ser feito algo entorno de R$ 14 milhões em obras. Wilson afirma que não há atraso no pagamento.
"O pagamento está rigorosamente em dia. O que está atrasado é a obra que deveria ter sido entregue na Copa. Está mais para a Copa da Rússia, como a Copa da Rússia está bem aí, tomara que não seja na Copa do Catar, em 2022", explicou.
Wilson pondera que está em constante contato com a superitendência da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para que o Aeroporto pare amarga nas piores posições da pesquisa de satisfação da Secretaria de Aviação. Hoje, Marechal Rondon figura na 14ª posição.
"Queremos ficar entre os 10 melhores do Brasil até o fim do ano. Hoje é o 14°. Estamos agora no calcanhar do aeroporto de Congonhas e trabalhamos diuturnamente para encerrar as obras e também para ficar entre os melhores. Vai para um processo de privatização. O governo concorda com o processo, porque depois que ele ficar chique, bacana, não pode haver uma precarização. Na mão da iniciativa privada nós temos certeza que a tendência é melhorar ainda mais", finalizou.