Parada por 34 anos, obra do Hospital Central deve ser concluída em 2023

Fonte:

Em visita técnica às obras do Hospital Central, na manhã desta quarta-feira (16), o governador Mauro Mendes (União Brasil) evitou comentar assuntos relacionados ao cenário político mato-grossense. O gestor, no entanto, aproveitou a oportunidade para alfinetar gestores anteriores que deixaram para atrás diversas obras paradas e prejuízos à população: ‘sem roubar, é possível fazer”.

A construção do Hospital Central de Alta Complexidade, em Cuiabá, estava paralisada há 38 anos. Em 2020, Mendes deu a ordem de serviço para o Consórcio LC Cuiabá iniciar as obras da unidade hospitalar. O investimento é de R$ 92.920.748,17 somente na construção do hospital, que conta com um cronograma de aproximadamente 22 meses de execução, com previsão de entrega em 2023. A proposta apresentada pelo Consórcio LC Cuiabá, vencedor da Concorrência nº 002/2020, foi 20% menor do que a previsão inicial, cujo valor era de R$ 113.977.878,18 para a construção e ampliação. Atualmente, 25% das obras estão finalizadas.

“Não quero dar recado para ninguém. Quero cumprir minha obrigação. Eu sempre disse: obra parada é uma vergonha. Obra parada é um desrespeito ao dinheiro público e desrespeito ao cidadão. Quando se fala de obra da saúde, então, é pior ainda! Estou cumprindo minha obrigação, estamos fazendo muitos investimentos na área da saúde. Nós já dobramos o número de leitos públicos no Estado. O governo não tinha nenhum hospital quando assumi. Nós tínhamos no Hospital Metropolitano, que estava basicamente parado, um hospital de pequeno porte, 50 leitos. Hoje, nós temos dois grandes hospitais: um que é Hospital Santa Casa, que foi fechado pela Prefeitura de Cuiabá, nós assumimos e reabrimos e, hoje, é um hospital que atende muito bem a população. E o Metropolitano, que deixou de ser um hospital de pequeno porte e tem hoje 278 leitos”, começou.

Mendes foi questionado se ele queria endereçar algum recado aos políticos que desviam recursos deixando obras paradas em diversos setores, mas o governador preferiu citar os feitos e afirmar que sem roubar dá para fazer.

“Na Capital, temos dois grandes hospitais e estamos construindo, no interior, quatro hospitais: em Juína, Confresa, Alta  Floresta e Tangará, e ampliando os regionais. Hoje, temos disparado o maior investimento em saúde. Sem roubar é uma obrigação. Agora, tem que saber mexer o doce, tem que ter uma equipe, tomar decisões corretas para colher resultados e a sociedade ganhar. Eu fico imaginando isso aqui daqui 3, 4  anos, quantas vidas com isso aqui não serão salvas nesse hospital”, finalizou.

Mayke Toscano/Secom-MT

Hospital Central

A construção do Hospital Central, lançada em 1984, foi pensada com o objetivo de proporcionar um atendimento de referência em alta complexidade nas especialidades de traumatologia, ortopedia e urgência e emergência de trauma. Contudo, devido ao corte de recursos do governo federal, a obra foi paralisada em 1987.

Em 1992, a construção do Hospital Central foi retomada pela gestão estadual, porém, permaneceu inconclusa em razão de um desacordo entre o governos estadual e federal. A obra chegou a ser reiniciada em 2004, mas novamente foi paralisada.

Contudo, no ano de 2014, a Justiça Federal acatou parcialmente a solicitação do Ministério Público Federal (MPF) para a inclusão de recursos que viabilizassem o término do Hospital Central.

A atual gestão apresentou um novo projeto para a estrutura do Hospital Central em novembro de 2019. Depois do anúncio, foi lançado o edital, foram seguidos os trâmites licitatórios e, em outubro de 2020, ocorreu a assinatura do contrato.

Fonte: HNT