O imbróglio envolvendo as obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) deve terminar ainda neste ano. Pelo menos é isso que promete o governador Pedro Taques (PSDB). O tucano afirma que, ainda neste primeiro semestre, irá lançar o novo edital para garantir a continuidade da obra que está paralisada desde 2014.
A continuidade das obras do novo modal foi promessa de campanha do gestor tucano na última eleição, mas até o momento não houve avanços. Taques, entretanto, garante que a culpa não foi dele.
O chefe do Executivo Estadual lembra que passou dois anos negociando com o Consórcio VLT para reformulação do contrato que garantisse a finalização da obra. A medida, entretanto, não deu certo devido a Operação Descarrilho, deflagrada pela Policia Federal, que expôs um esquema de corrupção envolvendo o contrato.
Diante disso, o contrato foi extinto e o Governo do Estado vem trabalhando em um novo certame dentro da modalidade RDC. “Rompemos o contrato com o consórcio. Agora, a culpa de não terminar o VLT é da gestão Pedro Taques. Depois de quatro anos, nós temos que dizer a verdade. Agora o RDC está em andamento, nós vamos ter o edital no prazo correto para que possamos ter outras empresas para terminar o VLT”, justificou.
As obras de implantação do VLT foram paralisadas em dezembro de 2014.
A gestão passada já desembolsou o montante de R$ 1,066 bilhão para a implantação do novo modal de transporte. A obra foi contratada por R$ 1,477 bilhão.
Taques ainda reclamou da burocracia enfrentada pelo Executivo para garantir a conclusão de diversas obras que ainda estavam inacabadas quando ele assumiu o comando do Palácio Paiaguás. “É muito mais difícil reconstruir do que construir”, disse.
Como exemplo, o gestor tucano cita a Salgadeira e o Trevo do Santa Rosa. “A Salgadeira estava parada há oito anos. Nós estamos entregando agora em junho com dois diferenciais. Sabe quanto tempo demorou a obra? Seis meses. Sabe quanto tempo ficamos mexendo com papeis? Tira empresa, põe empresa. Foram três anos na Salgadeira. O Trevo do Santa Rosa, a obra demorou quatro meses. Três anos mexendo com papeis. Reconstruir quando começa alguma coisa errada, é pior que construir. O cidadão que está me ouvindo sabe disso, que é muito mais difícil reconstruir do que construir”, completou.
Fonte: Diário de Cuiabá