Ines Gemilaki, de 48 anos, Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, mãe e filho, e o cunhado da mulher, Eder Gonçalves Rodrigues, de 40 anos, foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso pela morte de dois idosos e pela tentativa de homicídio contra um padre durante invasão a uma casa em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, no dia 21 de abril.
O Ministério Público pediu ainda ao pagamento de mais de cerca de R$ 2 milhões em favor dos familiares da vítima Pilson Pereira da Cruz (R$ 1 milhão), Rui Luiz Bogo (R$ 700 mil), José Roberto Domingos (R$ 150 mil) e mais um pessoa vítima do atentado.
O g1 entrou em contato com a defesa dos denunciados, mas não obteve retorno até esta publicação.
O marido de Ines, Marcio Ferreira Gonçalves, também preso e indiciado pela Polícia Civil por suspeita de participação no crime, ficou de fora da denúncia. O promotor Alvaro Padilha de Oliveira, responsável pela ação, afirmou que não há indícios de que ele tenha participado do crime e pediu a soltura.
“O Ministério Público deixa de oferecer denúncia contra ele pela prática do homicídio qualificado e tentado, uma vez que, conforme demonstrado nos autos, não estava presente no momento da execução; no entanto, prestou apoio aos denunciados após os delitos praticados, o que possibilitaria enquadrar a conduta do investigado no delito artigo 348 do Código Penal (favorecer ou auxiliar a fuga do autor do crime)”, diz.
Agora cabe à Justiça analisar a denúncia e decidir se acolhe ou não os pedidos. Ines, Bruno, Eder e Márcio estão presos desde o dia 23 de abril, dois dias após o crime.
Imagens de duas câmeras de segurança mostram que ao menos oito pessoas estavam na casa, quando a mulher entrou atirando. O filho foi ao quintal e também efetuou disparos. Ines, que aparece de blusa azul, estava com uma pistola, e Bruno, de branco, estava com uma espingarda calibre 12.
Em outro trecho do vídeo, mãe e filho apareceram fugindo, carregando as armas de fogo.
Para a polícia, que ainda investiga o caso, a suspeita é de que a motivação do crime seja um desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel da casa invadida.
Momentos depois, a mãe e o filho foram flagrados comprando cerveja, água e refrigerantes, na conveniência de um posto de combustível, quando passavam pela cidade de Matupá, a cerca de 13 km do local do homicídio, durante a fuga, no domingo (21). Uma câmera de segurança da conveniência registrou o momento em que a suspeita apressou a atendente, enquanto falava ao telefone.
Fonte: G1 MT