O coronel Fernando Tinoco, recém empossado como comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), afirmou que o Estado precisa de ações cirúrgicas para exterminar as facções criminosas. Ele tomou posse no cargo deixado pelo Coronel Alexandre Mendes, na manhã desta sexta-feira (29).
“A situação atual exige ações incisivas, ações cirúrgicas, ações de inteligência e planejamento para que nós possamos exterminar esses grupos aqui do estado de Mato Grosso”, declarou o coronel à imprensa.
Na ocasião, ele disse também que o pacote de medidas que começou a ser lançado pelo Governo do Estado, através do programa Tolerância Zero, é muito sério e que tem certeza que todas as instituições da Segurança Pública estarão comprometidas para alcançar o resultado esperado.
“Existe um pacote muito sério que eu tenho certeza que nós teremos um resultado extremamente positivo tanto no sistema prisional, bem como na segurança pública do Estado de Mato Grosso”.
O coronel Fernando Tinoco garantiu que vai se manter na linha de frente no combate ao crime, não só no planejando as ações, mas nas ruas, vestido com a sua farda operacional. “Vou estar de frente. Essa é a minha maior característica. Eu trabalhei a vida inteira nas ruas, gosto de estar nas ruas. Logicamente estaremos realizando o planejamento aqui junto com o meu staff, mas eu quero estar junto, sim, com a minha tropa”, disse.
O novo comandante-geral da PM aproveitou para fazer críticas à legislação penal do país e fez questão de lembrar que a ascensão das facções criminosas não é um problema restrito a Mato Grosso, mas que acomete todos os estados do Brasil. Diante disso, ele defendeu a necessidade de leis mais duras, que somadas à eficiência da segurança pública, possa combater o crime.
“A nossa tropa é muito eficiente. A Polícia Civil, a Polícia Militar, o sistema jurídico é muito eficiente. […] Quantas vezes você acha que um criminoso desse já não passou pela justiça? Quando você prende um faccionado desse, ele já foi preso mais de 10 vezes, isso representa que nós somos sim eficientes, mas nós precisamos de leis mais fortes, leis mais duras que apene rapidamente no momento para que sirva de exemplo e que a pessoa pare de cometer esses crimes”, disse o coronel sugerindo uma crítica ao “prende e solta” que as leis brasileiras proporcionam aos criminosos.
Antes de tomar posse como comandante-geral da PM, o Coronel Fernando respondia pela Secretaria Adjunta de Integração Operacional da Secretaria de Estado de Segurança Pública, sendo responsável, entre outras atribuições, pelas operações integradas, que impediram as tentativas de mais de 40 invasões de terras no Estado, desde o ano passado.
Ele é bacharel em Administração, pela União de Ensino Superior de Nova Mutum e em Direito, pela Universidade de São Paulo – UNCID. Também é especialista em Gestão de Segurança Pública pela Unemat.
Foi comandante do Núcleo de Polícia Militar, da Companhia de Polícia Militar e do 26º Batalhão de Polícia Militar, todos em Nova Mutum. Além de ter sido comandante do 14º Comando Regional da Polícia Militar de Mato Grosso.
Fonte: Repórter MT