Nove mil bares e restaurantes não resistem à pandemia e fecham em MT

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Aproximadamente nove mil estabelecimentos no setor de bares e restaurantes foram fechados durante a pandemia da Covid-19, o que significa que 20% dos micro e pequenos empreendedores não conseguiram sobreviver neste período de um ano e sete meses. Os dados foram apresentados pela presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Mato Grosso (Abrasel-MT), Lorenna Bezerra, na última quarta-feira (10) em entrevista ao Jornal do Meio-dia.

De acordo com a presidente da Abrasel-MT, uma grande quantidade de estabelecimentos não conseguiu se manter no mercado somente com o serviço delivery. “Foram muitos meses fechados, principalmente os bares e alguns restaurantes não puderam fazer o delivery.  A maioria do segmento é composto por pequenas empresas, então a gente estima que 20% no Estado não conseguiram reabrir. Isso representa nove mil CNPJs fechados durante a pandemia. Muitos não conseguiram captar recursos por já estarem com o CNPJ comprometido. Então, não conseguiram segurar porque ter dinheiro reserva pouquíssimos conseguiram ter”, disse Lorenna.

Lorenna explica que, apesar da retomada econômica após o avanço na vacinação e flexibilizações de medidas nos setores econômicos, a estimativa é que o segmento só consiga se reerguer no final de 2022. “Então, eles realmente foram muito prejudicados. A retomada é lenta, embora a gente veja a movimentação que está tendo, não significa que os caixas já estão operando no positivo. Têm muitas dívidas atrasadas com fornecedores, empréstimos, alugueis e impostos. Então, a gente estima que vá até o final do ano que vem para chegarmos ao ponto de equilíbrio”, acrescentou.

Entretanto, a presidente revela que existe uma grande expectativa por parte do segmento com a chegada das datas comemorativas de fim de ano. “Hoje existe uma dificuldade de contratação tanto para cargos efetivos como para temporários, agora já começa. A gente, inclusive, está com um festival esse mês que já gera um movimento a mais e a gente percebe esse movimento dos empresários para contratação de novas pessoas”, concluiu Lorenna.

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Fonte: Folhamax