Neri Geller é o 4º deputado mato-grossense cassado pelo TSE

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Nery Geller (PP) é o quarto deputado federal mato-grossense cassado após a divisão territorial, que, em 11 de outubro de 1977, desmembrou Mato Grosso para a criação de Mato Grosso do Sul.

O parlamentar perde o mandato e torna-se inelegível por oito anos, por decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite de terça-feira (23)

Ele foi acusado de abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2018, quando se elegeu para a Câmara – cabe recurso.

Candidato ao Senado, com apoio da federação formada pelo PT, PCdoB e PV, Neri Geller tem apoio de alas do MDB, liderada pelo deputado federal Carlos Bezerra, e do PSD, pelo senador Carlos Fávaro.

Eleito por uma coligação formada por seu partido com o PRB, PTB, PT, PMN, Pode, Pros e PR, Neri tem na primeira suplência na Câmara a servidora pública estadual Gisela Simona, que concorreu pelo Pros e que se filiou ao União Brasil, pelo qual é candidata a deputada estadual.

Gisela deverá ocupar sua cadeira.

O primeiro deputado federal mato-grossense cassado foi Itsuo Takayma (PSD, que perdeu o mandato em 15 de dezembro de 1993.

Takayma foi condenado pelo TSE por “venda” de seu partido.

Takayama era suplente de Oscar Travassos (PL), que estava licenciado para exercer o cargo de secretário de Segurança Pública.

Com sua cassação, assumiu o segundo suplente de Travassos, Joaquim Sucena (PTB).

Augustinho Freitas Martins (PPB) perdeu o mandato em 30 de outubro de 1996, por sentença do Supremo Tribunal Federal (STF).

Eleito em 1990, Augustinho era candidato nato à reeleição em 1994, mas, para tanto, precisava assinar um termo de concordância, o que não aconteceu.

Wellington Fagundes (PL), também deputado federal, travava uma disputa direta com Augustinho, já que ambos são domiciliados em Rondonópolis.

Wellington descobriu a falha na convenção do PPB e tentou a impugnação do pedido de registro de candidatura do adversário, mas o TRE a manteve.

Wellington recorreu ao TSE e ao STF, onde conseguiu seu intento.

A cadeira de Augustinho foi ocupada pelo suplente Murilo Domingo (PTB).

Em 2010, o TSE batia cabeça com a Lei Ficha Limpa e a indecisão resultou na posse de Ságuas Moraes (PT), porque não foram computados para a coligação do PSDB com o PTB e outros partidos, os 2.098 votos recebidos pelo candidato petebista Tenente Willian, que, somados à votação do tucano Nilson Leitão, lhe dariam o mandato.

Leitão brigou na Justiça por seus direitos e, em 13 de julho de 2013 – dois anos e meio após a posse de Ságuas –, assumiu a cadeira até então ocupada pelo petista.

RENÚNCIA – Pedro Henry (PP) renunciou em 13 de dezembro de 2013, em meio às graves denúncias de seu envolvimento no Escândalo do Mensalão.

Isso resultou em sua condenação pelo STF a uma pena de 7 anos e 2 meses em regime fechado, por improbidade administrativa.

Henry foi substituído pelo suplente Roberto Dorner (PSD), atual prefeito de Sinop pelo Republicanos.

Fonte: Diário de Cuiabá