A arma que matou a estudante Isabelle Guimarães ramos, de 14 anos, não foi levada para dentro da casa da amiga dela, autora do crime, também de 14 anos, carregada. “Alguém carregou a arma dentro da casa”.
A declaração está mo depoimento do adolescente de 16 anos, filho de um rico empresário de Cuiabá que levou a arma para dentro da casa do também empresário Marcelo Martins Cestari, de 46 anos, no Condomínio Alphaville, no Jardim Itália, bairro nobre da Capital.
O depoimento do adolescente está entre o material que está sendo analisado pelo delegado Wagner Bassi, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA).
No depoimento do namorado da adolescente acusada de matar Isabelle com um tiro acidental na cabeça, afirmou em seu depoimento que não deixou arma pronta para tiro, no dia da tragédia.
Ou seja, no novo entendimento dos policiais que investigam o caso, a arma, uma pistola calibre 380 teria sido engatilhada por alguém antes da tragédia.
Dois delegados juntos com o delegado Wagner Bassi e investigadores da DEA também estão analisando o fato da bala que matou a menor ter sido disparada frontalmente no rosto.
Laudo da Perícia Oficial do Estado (Politec), confirma que o tiro foi a curta distância, a pelo menos 40 centímetros do rosto de Isabelle, tanto que deixou vestígios de pólvora para comprovar a curta distância.
O delegado Bassi trata o caso em sigilo, mas a reportagem teve acesso ao laudo.
Só que, uma fonte da DEA não descarta que as investigações da morte da estudante Isabelle agora conhecido como “Caso Isabelle”, tenha uma grande reviravolta nos próximos dias.
Isabelle foi morta por volta das 22h30, um domingo (12) deste mês, dentro da suíte da mansão da casa da amiga dela, no Condomínio Alphaville, em Cuiabá.
A estudante, segundo a perícia, levou um tiro de pistola calibre 380. A bala entrou no nariz e atravessou a cabeça, matando-a na hora.
O DEPOIMENTO – Segundo o depoimento do namorado da adolescente acusada de matar Isabelle, ao entregar a arma para o empresário Marcelo Martins Cestari, fazer a limpeza e a manutenção das duas armas que estavam em seu case, o adolescente disse ter vistoriado as armas para ver se ambas estavam municiadas.
“Primeiro, o menor olhou a imbel 380, tirando o carregador, tendo notado que havia munição no carregador, que ele colocou o carregador na mochila, que golpeou a arma sem carregador para ver se havia munição na câmara, que conseguiu observar mediante inspeção visual que não havia munição na câmara”, diz trecho do relato.
Após a limpeza realizada feita por Marcelo Martins Cestari, o menor conta ter colocado o carregador na pistola e a colocado no case.
Com estas informações, a Polícia está concluindo que o disparo só poderia ocorrer porque alguém manuseou e preparou a arma para o disparo.
O depoimento esclarece ainda que Marcelo Martins Cestari, não tinha interesse em comprar as armas . Segundo o adolescente, o convite para a limpeza da arma, partiu do próprio empresário para ele.
O pai do adolescente, namorado da suspeita do disparo, o também empresário Glauco Mesquita Correa da Costa, que acompanhou o filhos e os dois deram depoimento na DEA, confirmou a versão do filho.
Os dois depoimentos divergem do depoimento do empresário Marcelo Martins Cestari, pai da jovem que fez o disparo – que afirmou que tinha interesse em comprar a pistola para a prática de tiro esportivo para a filha e a esposa.
Por fim, o menor também contou aos policiais da DEA durante seu depoimento, como tinha levado o case com a arma para a casa de sua namorada, no condomínio Alphaville.
O menor que após o convite do pai da namorada dele, Marcelo Martins Cestari, que ele levasse sua arma para limpeza e manutenção, pediu autorização do pai, que iria acompanhá-lo. Porém, como o pai estava dormindo após o almoço, decidiu ir para a casa da namorada com um carro de aplicativo.
A reportagem do DIÁRIO tentou contato com a família do empresário Marcelo Martins Cestari, mas não conseguiu.
Fonte: Diário de Cuiabá