A dentista L.T.V, 32 anos, que foi presa na noite de domingo (04), acusada de tentar atropelar manifestantes em frente à 13ª Brigada da Infantaria Motorizada, na Avenida Rubens de Mendonça, em Cuiabá, foi solta após pagar fiança de R$ 1,2 mil.
A mulher pagou a fiança ainda na noite de domingo. Ela havia sido autuada em flagrante por desobediência e por conduzir veículo com capacidade psicomotora alterada em razão de influência de álcool ou de outra substância psicoativa, já que foi encontrado um cigarro de maconha dentro do veículo.
Além da fiança, L.T.V. terá que cumprir uma série de normas, como comparecer na delegacia sempre que intimada, não mudar de residência sem autorização prévia e ausentar-se de casa por mais de oito dias sem comunicação prévia.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada pelos próprios manifestantes, logo após a mulher começar a avançar contra eles com um Jeep Renegade.
No local, os policiais deram ordem de parada para a motorista, mas ela desobedeceu e arrancou em direção a uma barraca onde estavam alguns manifestantes. Ela ainda quase atropelou os militares.
A mulher tentou fugir do local, mas os policiais atiraram nos pneus do veículo, que parou em seguida. Ela ainda tentou resistir à abordagem, mas foi imobilizada e algemada. O carro foi levado ao pátio da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob).
Manifestações
Os manifestantes estão há mais de um mês na frente da 13ª Brigada da Infantaria Motorizada em Cuiabá. O protesto começou nas rodovias, mas migrou para a frente dos quartéis generais do Exército, assim como ocorre em várias das capitais brasileiras.
Ao longo desses dias, os manifestantes revezam no local durante o dia e se concentram em maior número no início da noite, quando acaba o expediente. Muitos até dormem por lá, onde foi montado um verdadeiro acampamento, com barracas, cozinha improvisada e banheiros químicos.
O ato é motivado pela insatisfação com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente, por suspeita de fraude na eleição e também contra as ações do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
Fonte: Repórter MT