Muito abalada, garota que atirou e matou amiga pode não ir à reconstituição da cena

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A adolescente investigada por ter atirado e matado a amiga Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, na mansão da família, no condomínio Alphaville I, em Cuiabá, pode não participar da reconstituição do crime que deve ocorrer na próxima terça (18). Segundo a defesa, patrocinada pelo advogado Ulisses Rabaneda, se realmente houver, será verificado com a família sobre a possibilidade. Mas enquanto defesa Rabaneda afirma que é do interesse dele que ela participe.

“Queremos que ela participe, mas isso não depende só de nós. Depende muito do estado psicológico dela. Ela ainda não conseguiu voltar para casa. É uma criança, tem 14 anos, e está sendo muito difícil. O estado emocional é grave, então nós precisamos verificar inclusive com a ajuda profissional que a está acompanhando, se isso pode agravar alguma situação ou o estado dela. Então isso vai ser avaliado exclusivamente com critério de saúde da menor”, explica Rabaneda.

A defesa destaca que toda a família Cestari está fazendo acompanhamento psicológico em razão do trauma, uma vez que a filha do empresário envolvida no acidente tinha uma amizade muito próxima com a vítima. “Realmente para ela está sendo muito difícil. Mas nós sabemos que para a família da vítima também está sendo muito difícil”.

A reconstrução dos fatos ocorrerá na residência pertencente ao pai da autora do disparo, o empresário Marcelo Martins Certari, 46, onde Isabele foi morta.

Laudos entregues Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec) à Delegacia Especializada do Adolescente de Cuiabá (DEA) mostraram que o tiro que matou Isabele não foi acidental, aconteceu a curta distância entre 20 a 30 centímetros da vítima, com alinhamento horizontal e com a arma sustentada a 1,44 metro do chão.  A garota foi morta em um dos banheiros da residência.

Embora o tiro não tenha sido acidental, pode ter sido dado de forma involuntária, quando o atirador aciona o mecanismo de disparo, mesmo que de maneira involuntária, não intencional. A perícia destaca a diferença entre as duas modalidades. A reconstituição do homicídio será feita com base nos laudos entregues pela perícia técnica, segundo informações da Polícia Civil.

Fonte: RD News