As mais de 13,8 mil vidas perdidas para a Covid-19 refletem o impacto da tragédia provocada em 18 meses pela pandemia do coronavírus, em Mato Grosso. Com a vacinação sendo realizada desde janeiro deste ano, os casos confirmados, a hospitalização e as mortes pela doença apresentam estabilidade ou queda nos 141 municípios mato-grossenses.
Porém, as autoridades públicas sustentam que ainda não é possível baixar totalmente a guarda. Para a Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) os números da Covid-19 em nível estadual demonstram “que este é o melhor momento em relação a todo o período pandêmico”, ou seja, desde março do ano passado.
Contudo, reforça que ainda é importante manter a vigilância, pois a pandemia não passou. “Ainda há necessidade de monitoramento local e contínuo do coronavírus, o que deve ser feito pelas secretarias municipais de saúde”, frisa a Ses-MT, por meio de nota.
A avaliação do órgão estadual de saúde é de que a vacina fez toda a diferença neste cenário. “Atualmente, Mato Grosso registra aproximadamente 50% de cobertura vacinal, portanto, ainda há a necessidade de uso de máscara para manter a condição de estabilidade que é registrada neste momento”. Para o Estado, o Ministério da Saúde (MS) já enviou 4,4 milhões de doses de imunizantes, sendo pouco mais de 3,5 milhões aplicadas entre primeira e segunda dose.
Diante do atual panorama, no início desta semana o Governo do Estado revogou as medidas previstas em 11 decretos estabelecidos desde o início da pandemia e manteve apenas a obrigatoriedade do uso de máscara, inclusive, por pessoas já imunizadas.
O Estado alegou que a medida foi tomada após a redução de novos casos e de mortes em decorrência da doença. Entre as medidas extintas, estão isolamento, quarentena, determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais; coleta de amostras clínicas e outras medidas profiláticas ou tratamentos médicos específicos, exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver.
Em nível nacional, dados do Ministério da Saúde apontam que setembro foi o mês que registrou o menor número de óbitos por Covid-19, em 2021. Ao todo, foram notificadas pouco mais de 3,6 mil vidas perdidas pela doença. Comparado a abril, mês com o maior número de registros, a redução de mortes é de 84,27%.
Mas, segundo o ministro da Saúde substituto, Rodrigo Cruz, ainda que os números da doença no Brasil apresentem queda nos registros, o Ministério da Saúde segue com a orientação de continuar com todos os cuidados, como usar máscara, manter uma distância segura das outras pessoas de pelo menos 1 metro, manter os ambientes ventilados e arejados, além de reforçar a higiene das mãos.
“Sem dúvidas caminhamos no rumo certo. Vemos uma queda expressiva nos registros de casos, óbitos, internações, bem como nas ocupações de leitos. Observamos o sistema público de saúde brasileiro menos pressionado. Ficamos aliviados quando vemos o resultado, mas não podemos relaxar. As medidas preventivas continuam valendo”, destacou.
Até a tarde da última terça-feira (5), o Estado contabilizava 538.898 casos confirmados e 13.830 óbitos em decorrência do coronavírus. Do total, 2.653 infectados estavam em isolamento domiciliar e 521.716 recuperados. A taxa de ocupação está em 31,70% para unidades de terapia intensiva (UTIs) e em 11% para enfermarias, ambos para adultos.
Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19 estão: Cuiabá (111.717), Várzea Grande (38.615), Rondonópolis (37.889), Sinop (26.002), Sorriso (18.297), Tangará da Serra (17.751), Lucas do Rio Verde (15.638), Primavera do Leste (14.712), Cáceres (11.862) e Barra do Garças (10.569).
Fonte: Diário de Cuiabá