Com uma média de 541 tentativas de fraudes em compras, Mato Grosso chegou a 97.410 ocorrências em 714.800 pedidos, no primeiro semestre de 2022. Esse é o segundo menor índice na região Centro-Oeste. Juntando os quatro Estados, foram mais de 5 milhões de pedidos com 124 mil tentativas de fraudes.
Os principais produtos que são alvos dessas ações são: eletrônicos (9%), celular (8,12%) e games (6,55%). Informática e automotivo completam o ranking com 5,06% e 4,46%, respectivamente. Os dados estão disponibilizados no Mapa da Fraude da ClearSale.
Conforme o documento, no país, foram contabilizados quase R$ 3 bilhões em tentativas de fraude no primeiro semestre de 2022.
Tipos mais comuns de fraudes
Conforme o relatório, há três tipos de fraudes mais comuns: a fraude efetiva, amigável e autofraude. Na primeira modalidade, o fraudador realiza a compra na loja virtual e, na hora de pagar, utiliza os dados roubados de cartões de crédito de bons consumidores.
Já a amigável é quando alguém próximo ao titular do cartão, geralmente parentes ou amigos, faz uma compra sem o consentimento do mesmo.
A autofraude é uma ação realizada pelo titular do cartão, o qual, realiza a compra online e, dentro do prazo de instituição financeira (180 dias), contesta o lançamento, alegando que não fez a compra, mesmo já tendo recebido o produto.
Índices altos
O advogado Wesley Ozório, especialista em Direito do Consumidor e Bancário, comenta que, além da fraude efetiva, outra bastante comum é quando o consumidor sai lesado, ou seja, realiza uma compra, mas o site não é confiável, emite um boleto falso e o dinheiro é perdido.
“Por isso é preciso estar atento ao site, buscar o cadastro na Receita Federal, procurar se tem reclamações quanto ao serviço”, orienta.
Com relação aos números, Ozório analisa que, com a pandemia da covid-19, o e-commerce cresceu bastante, as pessoas passaram a utilizar esse tipo de serviço com mais frequência. Isso também estimulou a divulgação de informações e orientações quanto às práticas de golpes e o investimento em segurança de dados.
“Vivemos em um mundo tecnológico, há formas mais fáceis de acessar as informações. Contudo, o e-commerce e as instituições financeiras precisam promover mais orientações, fazer um trabalho preventivo mais eficaz”, conclui.
Fonte: Leia Agora