MT mantém média negativa de hospitalização de 15% há 14 dias

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Após cerca de seis meses, os casos confirmados e de óbitos em decorrência da Covid-19 se estabilizaram, mas em um número alto em Mato Grosso.

Para o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, um dos motivos que explicam um platô (estagnação) com altos índices é a ampliação da testagem da população mato-grossense, além da flexibilização das atividades econômicas ou mesmo do isolamento social.

Contudo, a taxa de hospitalização está em queda.

“É um platô considerado alto. Basta verificar a sequência do número novos de casos nos últimos dias, ou seja, o número é elevado, acima de mil. Mas, o que nos dá um certo conforto é justamente na taxa de hospitalização, que é onde ocorre o gargalo maior por se tratar de pacientes que acabam demandando por uma unidade hospitalar. Esse é um indicador bom para analisar por que estamos tendo, nos últimos 14 dias, uma média móvel negativa de hospitalização de aproximadamente 15% em Mato Grosso e isso faz com a gente tenha um estoque razoável de leitos de UTI e de enfermaria”, disse Figueiredo, em entrevista à TVCA.

Nas últimas 24 horas, Mato Grosso registrou 18 mortes causadas pelo coronavírus.

Foram notificadas 673 novas confirmações de casos da doença no Estado

A Secretaria de Estado de Saúde notificou, até a tarde deste sábado (12), 105.202 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso.

Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 268 internações em UTIs públicas e 288 em enfermarias públicas.

A taxa de ocupação está em 64% para UTIs adulto e em 32% para enfermarias adulto.

A avaliação é de que, ao ampliar a capacidade de testagem com distribuição de 300 mil testes aos municípios e a criação do Centro de Triagem da Covid-19, o universo de pessoas, muitas assintomáticas e não procuravam uma unidade de saúde, passaram a ter o diagnóstico da doença.

“Isso significa dizer que estamos trazendo para a base oficial de dados um contingente muito grande de pessoas que em pese estejam infectadas não estão necessariamente, numa grande proporção, demandando de hospitalização”, disse o secretário.

De acordo com Figueiredo, atualmente, Mato Grosso está num nível de identificação de casos num platô e a nível hospitalização numa curva descendente com uma variação temporal quando há um fim de semana ou feriado.

“Mas, os indicadores das taxas de ocupação dos leitos nos levam a um certo conforto por estarmos notando uma queda substancial. Porém, precisamos avaliar isso em um período maior por que as flexibilizações estão concomitantemente aumentando”, completou.

DESLIGAMENTO DE LEITOS – De acordo com Gilberto Figueiredo, Mato Grosso iniciou o enfrentamento à Covid-19 com 16 leitos ofertados pelo Governo Federal no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM).

Como não seria suficiente, o Estado ampliou para 435 leitos de UTIs ao longo desse período.

Com a diminuição dos casos graves, atualmente, há 162 leitos livres ou sem pacientes. “Neste momento, nós começamos a pensar se tivermos uma curva sustentável, um decréscimo sustentável de hospitalização por Covid-19, nós vamos começar já a desligar alguns desses leitos para Covid-19”, disse.

Somando às vagas de enfermaria, são mais de 1,4 mil vagas exclusivas para Covid-19.

Assim, os leitos deverão ser remanejados para atendimentos em outras especialidades, como cirurgias geral e cardiovascular.

No Hospital Geralvde Cuiabá fechou, na última terça-feira (8), a UTI destinada a pacientes acometidos pela Covid-19.

O HG não era referência no tratamento da doença. No entanto, diante do pico da pandemia no Estado, a unidade fechou um convênio com a Unimed Cuiabá para realizar atendimentos.

Foram 70 dias em que os profissionais da linha de frente se dedicaram para salvar muitas vidas.

Fonte: Diário de Cuiabá