MT já tem 12 mortes confirmadas por dengue e chikungunya

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Desde janeiro passado, as infecções causadas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue e chikungunya, avançam diariamente em Mato Grosso. Juntas, as duas doenças contabilizam 20 óbitos somente nas primeiras cinco semanas de 2025, sendo 12 mortes confirmadas e as demais (8), em investigação.

Chamam a atenção os números alarmantes dos casos decorrentes da chikungunya, que já registra 10.424 casos prováveis, o que representa uma taxa de incidência de 284,90 notificações para cada 100 mil habitantes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que taxas acima de 300 por 100 mil indicam epidemia.

A arbovirose provocou a morte de 11 pessoas, sendo que há outros três casos em investigação.

Do total de vítimas fatais, sete casos são de Cuiabá.

Os demais de Rondonópolis (1), Várzea Grande (1), Pontes e Lacerda (1), Jaciara (1), Cláudia (1), Nossa Senhora do Livramento (1) e Dom Aquino (1).

Os dados são do painel epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT).

Conforme o monitoramento, o Estado também contabiliza 9.770 casos prováveis de dengue, quantidade que corresponde a uma incidência de 267,03 ocorrência para 100 mil pessoas.

A infecção registra seis óbitos, sendo um confirmado e cinco em investigação.

As mortes ocorreram em Pontes e Lacerda (2), Cáceres (1), Conquista do Oeste (1), Tesouro (1) e Várzea Grande (1). Já em relação a zika, são 51 ocorrências confirmadas, sem mortes.

ALERTA – A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu nesta semana alerta epidemiológico sobre o risco elevado de surtos de dengue tipo 3 nas Américas.

De acordo com a entidade, a circulação do sorotipo já foi registrada em diversos países do continente – incluindo Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru.

“A Opas pede aos países que reforcem sua vigilância, o diagnóstico precoce e a gestão clínica para que possam enfrentar um potencial aumento de casos de dengue”, destacou a organização, em nota.

O comunicado cita ainda que a Argentina chegou a registrar alguns casos de dengue tipo 3 em 2024.

O vírus da dengue conta, ao todo, com quatro sorotipos distintos, sendo que a imunidade contra um sorotipo oferece proteção vitalícia apenas contra esse sorotipo específico.

“O que significa que infecções subsequentes com outros sorotipos podem aumentar o risco de formas graves da doença”.

“O aparecimento ou o aumento da circulação de um sorotipo que antes não era predominante em uma região pode levar a um aumento de casos de dengue, devido à maior suscetibilidade da população”, alertou a Opas.

No Brasil, o sorotipo 3 não circula de forma predominante desde 2008.

Ainda de acordo com a entidade, o sorotipo 3 vem sendo associado a formas graves da doença, mesmo em infecções primárias (quando o paciente não possui histórico de infecções por outros sorotipos da dengue).

“O cenário levanta preocupações sobre o potencial impacto do sorotipo 3 na saúde pública”.

“O ressurgimento do sorotipo 3, após um período de ausência prolongada em determinadas áreas das Américas, aumenta a vulnerabilidade de populações que não foram previamente expostas a ele”, concluiu a Opas. Fonte: Diário de Cuiabá