Mato Grosso contribuiu com 18,7% do valor total da produção agropecuária no país. O valor da produção deve somar mais de R$ 165,7 bilhões neste ano. Um valor que é 33% maior do que o campo produziu no ano passado. A valorização dos produtos agropecuários este ano foi motivada pela alta do dólar e pelo aumento no volume das exportações.
O valor bruto de toda a produção agropecuária no Brasil deve ser 15% maior neste ano no comparativo de 2019.
Depois dos resultados de novembro, a estimativa do Ministério da Agricultura é que a produção nacional que sai do campo resulte num valor total de R$ 886 bilhões em 2020.
O segundo estado do ranking nacional, a Paraná produziu R$50 bilhões a menos que Mato Grosso. No estado, o valor bruto das lavouras devem somar mais de R$ 148 bilhões, aumento de mais de 38% em relação ao ano passado.
Soja e milho foram bem valorizados porque ganharam mais espaço no mercado externo. Mas foi o valor da produção de amendoim que teve o maior crescimento percentual no estado, o valor dobrou passando de R$ 6,7 milhões para mais de R$ 13 milhões.
O consultor João Birkhan explica que esse número é o valor bruto da venda e é preciso acrescentar os custos da produção.
“Quero chamar a atenção que esse é o valor bruto da venda, não tem nada a ver com o valor líquido, aí tem que deduzir o custo da terra, semente, os custos de plantio, fertilizantes, defensivos, mão de obra, combustível, impostos e outras coisas mais para depois chegar no valor líquido”, afirma.
Na pecuária, o valor bruto aumentou 13%, atingindo mais de R$27 bilhões e 700 milhões. Destaque para a cadeia de suínos que aumentou seus valores em 22%. Bovinos e ovos vem em seguida com os maiores crescimento percentuais.
Apesar dos valores positivos, o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) Itamar Canossa explica que quem produz garantiu que este ano, a renda final nas propriedades não foi tão vantajosa. Isso porque os custos também não subiram
“No nosso caso, o nosso custo de produção esteve extremamente elevado devido ao custo na hora de comprar a nossa matéria-prima principalmente o milho e o farelo de soja. No caso do milho, saímos de R$20,00 a saca, aonde era praticado até o início do ano de 2020 e 2019, para mais de R$70,00 a saca no norte do estado. Quer dizer, um aumento maior do que 300% no valor pago pelo mesmo produto em menos de um ano de diferença”, afirma.
Fonte: G1 MT