O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo afirmou que devido às fronteiras com os estados da Amazonas, Pará e Goiás e até a Bolívia, Mato Grosso poderá receber pacientes para tratamento do novo coronavírus, a Covid-19, vindos desses locais.
Segundo Figueiredo, já há uma regulação do Ministério da Saúde que estabelece que pacientes de cidades de fronteira sejam tratados em unidades de saúde com melhores capacitadas. Isso ocorreu antes mesmo da pandemia.
Ele citou o caso de Cáceres (a 217 km de Cuiabá), cidade que faz fronteira com a Bolívia, que pode receber pacientes para tratamento do novo vírus. Bem como a cidade de Peixoto de Azevedo (a 675 km de Cuiabá) atendem pacientes do estado do Pará.
Não há leitos
O secretário ainda disse que vê com o “preocupação” a possibilidade de um aumento expressivo dos casos do novo vírus, devido ao índice ainda maior em Estado de Fronteira como o Pará e Amazonas.
Conforme o Ministério da Saúde, em boletim divulgado no sábado (9), são 11.925 casos confirmados da doença e 962 mortes no Amazonas e 6.775 casos confirmados e 578 óbitos no Pará.
“Estamos preocupados com isso. O que é preciso entender é que não há neste momento como instalar leitos de UTI em todos os municípios e hospitais. Não existem equipamentos disponíveis para isso”.
“Está aí o ministério da Saúde que sequer consegue mandar pros Estados os respiradores para os leitos de UTI que próprio Ministério da Saúde locou”, afirmou.
Segundo Figueiredo há falta de fornecimento de respirados para equipar Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em todo o País, inclusive em Mato Grosso.
“O estado de Mato grosso recebeu 10 conjuntos para montar uma UTI do min de saúde, mas nenhum respirador veio junto. Então não são considerados leitos de UTI. E os leitos de UTI que hora estamos utilizando são os providenciados pelo governo de Mato Grosso”, afirmou.
Mato Grosso possui 87 leitos de UTI do SUS disponíveis para o tratamento da Covid-19, atualmente.
Fonte: Midianews