Mais de 19 mil pessoas já foram diagnosticadas com dengue em Mato Grosso somente neste ano. O alerta contra a doença está no vermelho e a alta, em comparação com o mesmo período do ano passado, é de quase 244%. Em 2019, até meados de maio, 9.646 casos haviam sido registrados no Estado.
O grau de risco, hoje, é considerado alto. A incidência está em quase 1.010 pessoas doentes a cada grupo de 100 mil habitantes.
Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e foram computados até a 21ª semana deste ano, entre os dias 17 e 23 de maio.
E se forem considerados os casos suspeitos – que ainda dependem de um diagnóstico conclusivo -, os números são ainda mais alarmantes: 33.762 pessoas podem estar com a doença.
O número de morte também teve crescimento. Em 2019, quatro pacientes morreram em função da dengue. Neste ano, já foram 15 óbitos.
As mortes foram registradas em Brasnorte, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde, Novo Mundo, Peixoto de Azevedo, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop, União do Sul, Vera e Várzea Grande.
Já a zika, chicungunya e febre amarela – doenças causadas pelo mesmo transmissor, o mosquito aedes aegypti – têm números considerados estáveis e até reduções entre 2019 e 2020.
Municípios com até 100 mil habitantes
Entres os municípios de Mato Grosso com até 100 mil habitantes, Sinop – que fica a 500 km de Cuiabá – teve o maior aumento percentual. Em comparação com com os dados entre janeiro e maio de 2019, o crescimento foi de 566%.
Lá, a incidência de dengue é de 5.380 casos a cada 100 mil habitantes. O índice é o maior do Estado.
Em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, os números também se elevaram. A alta foi de 385%. No município, a cada 100 mil habitantes, 785 tiveram dengue.
Fonte: O Livre