A Procuradoria da República no Estado de Mato Grosso converteu em inquérito civil o procedimento preparatório instaurado para investigar a Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A e a concessionária Centro Oeste Airports, que administra o aeroporto internacional de Cuiabá, Marechal Rondon.
As duas empresas são investigadas por possíveis falhas na madrugada de 25 de novembro do ano passado, quando uma decolagem foi abortada e passageiros precisaram evacuar a aeronave pela saída de emergência.
O inquérito é assinado pela procuradora Denise Nunes Müller Slhessarenko e foi publicado no Diário eletrônico do órgão nesta terça-feira, 13. Na ocasião, o avião apresentou uma pane elétrica, motivando o cancelamento de sua decolagem.
Durante o desembarque, realizado por meio do escorregador de emergência, uma das passageiras quebrou a perna. “Sendo necessário esclarecer se trata de evento isolado ou associado à falha no estabelecimento e fiscalização das condições mínimas de operação pela autoridade aeronáutica e pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) particularmente quanto à fiscalização dos serviços aéreos e à formação e ao treinamento de pessoal especializado”, diz trecho do documento.
Além disso, o procedimento preparatório já apontou para a possibilidade de falha na resposta à emergência por parte da administradora do aeroporto, devido à demora em providenciar os primeiros socorros aos passageiros. O voo 2751, da Azul Linhas Aéreas, estava saindo do aeroporto de Cuiabá com destino a Guarulhos quando o piloto identificou uma pane elétrica.
Noticiado na época, a informação era de que, no caso de o voo não ser cancelado, o avião poderia até mesmo explodir. Um dos passageiros narrou que o avião freou bruscamente e os passageiros foram orientados pela aeromoça a sair através da porta de emergência.
A esposa do passageiro caiu e se machucou, uma mulher grávida também passou mal. Segundo esse passageiro, no momento do desembarque só havia uma ambulância.
Fonte: Folhamax