MP requer que empresária que mandou matar marido enfrente tribunal do júri

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O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) requereu, nesta segunda-feira (7), que Ana Cláudia Flor, acusada de mandar matar o próprio marido, Toni Flor, seja levada a júri popular. Parecer do MP, assinado pelo promotor Samuel Frungilo, imputa à empresária o crime de homicídio simples, por motivo torpe. Segundo as investigações, a execução teria sido motivada pelo interesse de Ana Cláudia em se apropriar da totalidade dos bens do casal.

Caso o pedido do MP seja acolhido pela Justiça, Ana Cláudia Flor e os demais acusados pelo crime vão enfrentar o Tribunal do Júri. Além da empresária, teriam participado do conluio criminoso a manicure dela, Ediane Aparecida, Wellington Honório Albino, Dieliton da Silva e Igor Espinosa, que efetuou os disparos que mataram Toni Flor.

Ainda segundo do MP, o crime teria sido encomendado sob o pagamento de R$ 60 mil, dos quais, Ana Cláudia, durante audiência de instrução, admitiu ter pago R$ 30 mil. O dinheiro teria sido gasto pelo executor em uma viagem ao Rio de Janeiro.

Igor Espinosa, por sua vez, confessou a prática do crime e detalhou que era amigo de Wellington, que mantinha relacionamento com Ediane, a quem Ana Cláudia teria confiado a informação de que desejava matar o marido. Wellington teria oferecido o serviço a Igor, sustentando que o crime seria praticado em decorrência das reiteradas agressões que a empresária estaria sofrendo no casamento.

A verdadeira motivação de Ana Cláudia, segundo o MP, no entanto, seria o desejo de se enriquecer com a morte do marido, que já havia anunciado o desejo de se separar, depois de descobrir traições por parte da empresária. A arma utilizada no crime foi emprestada de Dieliton, conhecido como “Maquê”.

Um outro homem, identificado como Sandro Lúcio, foi acusado de falso testemunho por negar que mantinha relacionamento extraconjugal com Ana Cláudia.

“Portanto, ante a comprovação insofismável da materialidade delitiva e elementos suficientes de autoria, faz-se necessário que os acusados sejam julgados pelo Egrégio Tribunal Popular do Júri”, escreveu o promotor.

Fonte: HNT