O Ministério Público do Estado (MPMT) instaurou um inquérito para apurar a suposta atuação de um suposto “charlatão” em Cuiabá – que apesar de se identificar como “médico”, possui na verdade uma “clínica” de acupuntura. Segundo o órgão ministerial ele estaria até mesmo oferecendo um “tratamento” que garante a “cura” do novo coronavírus (Covid-19).
O promotor de Justiça, Ezequiel Borges de Campos, assinou a portaria que oficializou as investigações no dia 28 de fevereiro de 2021. De acordo com informações do documento, a clínica Echad Espaço Vida Saúde, localizada na MT-010 (Estrada da Guia), em Cuiabá, estaria oferecendo um suposto “tratamento milagroso”, capaz até mesmo de vencer o Covid-19.
A unidade de saúde alternativa pertence a Jonas Martins da Silva, especialista em acupuntura, mas que se identifica como “médico”, de acordo com o MPMT. A portaria revela também que a própria prefeitura de Cuiabá, além da Delegacia de Defesa do Consumidor, relataram a suposta prática de “charlatanismo” que inclui, ainda, “tratamento contra câncer”.
“O Ministério Público de Mato Grosso instaura inquérito civil para apurar graves denúncias contra a Clínica Echad Espaço Vida Saúde, onde o proprietário, Jonas Martins da Silva, atribuindo-se indevidamente a condição de médico, executa sistematicamente procedimentos invasivos dentre os quais hemoterapia, acupuntura e tratamento contra câncer, conforme relatórios do órgão sanitário municipal e da Delegacia de Defesa do Consumidor”, diz trecho da portaria, que acrescenta que “ainda conforme documentação acostada na representação, recentemente a clínica passou a oferecer tratamento contra Covid-19, inclusive, com garantia de cura da doença o que revela que tanto a execução dos procedimentos, quando os resultados prometidos, encerram provável exploração massiva da população hipervunerável, passível de responsabilização por dano moral social, sem embargo da cessação imediata das condutas apontadas”, revelou o promotor de Justiça.
O inquérito civil é um elemento investigatório que poderá ser utilizado para o ingresso de uma ação judicial caso as irregularidades sejam confirmadas.
Fonte: Folhamax