O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) vai recorrer da decisão que negou a prorrogação da prisão temporária de Maria Angélica Caixeta Gontijo, empresária acusada de mandar matar o advogado Roberto Zampieri. Nesta quinta-feira (18), o juiz João Bosco da Silva negou o pedido do MP sob o argumento de que não encontrou elementos concretos aptos a justificar a prorrogação.
Segundo as investigações policiais, Maria Angélica teria encomendado a morte de Zampieri em função de um conflito fundiário no município de Ribeirão Cascalheira (772 km de Cuiabá). Ela teria contado com a ajuda do coronel do Exército Etevaldo Caçadini para contratar Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, outro pistoleiro que participou do crime.
O nome da empresária, contudo, não foi mencionado nos depoimentos dos outros investigados. Antônio Gomes chegou a dizer à polícia que uma mulher era a mandante do crime, mas, em outro momento, também disse que o mandante era um homem com sotaque italiano.
A polícia chegou até Maria Angélica pela proximidade geográfica com o pistoleiro – ambos vivem em Minas Gerais -, e porque a empresária já tinha declarado sua intenção de matar Zampieri, gerando inclusive uma queixa-crime apresentada pelo advogado.
Na avaliação do juiz João Bosco da Silva, os elementos não foram suficientes para comprovar a necessidade da segregação. Por outro lado, ele impôs monitoramento eletrônico à suspeita. (HNT)