O promotor de Justiça Arnaldo Justino da Silva, da 10ª Promotoria de Justiça Crimina de Cuiabá, ofereceu denúncia, nesta segunda-feira (21), contra Gilvanio dos Santos, acusado de assassinar o empresário Mauro Martelli Júnior e ocultar o cadáver dele. Ele responderá por latrocínio e ocultação de cadáver.
“Diante dos fatos narrados acima, percebe-se claramente que o denunciado Gilvanio dos Santos praticou os delitos de Latrocínio e ocultação de cadáver, conforme preconizam os artigos 157, § 3º, inciso II, e 211, na forma do artigo 69, todos do Código Penal Brasileiro, estando presente a robusta comprovação da autoria e da materialidade dos delitos”, diz a manifestação ministerial.
O processo tramita em sigilo e a denúncia já foi aceita pela Justiça, o que significa que Gilvanio já é considerado réu pelos crimes apontados pelo Ministério Público.
O crime foi registrado em setembro deste ano, no bairro Jardim Industriário, em Cuiabá. Conforme a investigação policial, o criminoso premeditou o assassinato do idoso, que foi patrão dele.
Ele ainda teria roubado dinheiro da vítima e usado parte dele em um cassino digital conhecido como “Jogo do Tigrinho”.
À polícia, Gilvanio disse que os dois discutiram quando ele foi cobrar o pagamento de seus direitos trabalhistas. Em determinado momento, ele teria empurrado o idoso, que caiu, bateu a cabeça e morreu. Contudo, os investigadores não acreditaram nessa versão.
Na época da prisão do réu, em 4 de setembro, o delegado Bruno Abreu, da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que o empresário estava vivo quando foi amarrado, guinchado e levado até o local onde foi deixado para morrer, dentro de sua própria empresa.
Um laudo preliminar da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a vítima, de 68 anos, morreu com vários golpes na cabeça, que causaram traumatismo craniano.
Gilvanio foi preso após usar o cartão da vítima, na região do Contorno Leste, na Capital. Além dele, foi presa uma cúmplice, que seria a sua namorada. Eles estavam também com o aparelho celular da vítima.
Fonte: Repórter MT