O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ofereceu, nesta quinta-feira (20), a denúncia criminal relativa à “Operação Renegados”, deflagrada no dia 4 deste mês. Na ocasião, foram expedidos 44 mandados, sendo que, destes, 22 foram de prisão preventiva. Foram denunciadas 25 pessoas.
O grupo denunciado inclui 12 investigadores da Polícia Civil (um aposentado e dois demitidos), três policiais militares (um da ativa, um demitido e outro da reserva) e mais 10 pessoas.
Entre os crimes imputados aos denunciados estão constituição de organização criminosa, concussão, roubo, tráfico, porte ilegal de arma de fogo e embaraço à investigação. Até o momento, cinco pessoas denunciadas ainda estão foragidas.
INVESTIGAÇÃO – A Operação Renegados é resultado de um Procedimento de Investigação Criminal (PIC), instaurado no âmbito do Gaeco e inquéritos instaurados pela Corregedoria Geral da Policial Civil.
No cumprimento das medidas judiciais, participaram o Ministério Público, por meio do Gaeco e sua equipe; a Polícia Judiciária Civil, por meio da Corregedoria-Geral; 20 delegados e equipes das diretorias de Atividades Especiais e Metropolitana; além do apoio da Polícia Militar e do Ciopaer.
Numa ação conjunta com a Polícia Civil, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), mais dois alvos da Operação Renegados foram retirados de circulação.
A investigação busca desarticular uma organização criminosa composta, dentre outros membros, por policiais civis e militares, além de informantes utilizados pelo grupo criminoso.
No dia da operação, foram presos os policiais civis Dhiego de Matos Ribas, Edilson Antônio da Silva, Alan Cantuário Rodrigues, Júlio César de Proença, Paulo da Silva Brito, Rogério da Costa Ribeiro, André Luis Haack Kley e Frederico Eduardo de Oliveira Gruszczynski, além do ex-policial civil Evanir Silva Costa e a namorada de Edilson, Natália Silva Costa.
Completam a lista o ex-policial militar Raimundo Gonçalves de Queiroz, os policiais militares Manoel José de Campos e Adilson de Jesus Pinto, e os servidores Kelle de Arruda Santos e Delisflasio Cardoso Bezerra Silva.
Continuam foragidos Reinaldo do Nascimento Lima, Jovanildo Augusto da Silva, Genivaldo de Souza Machado, João Martins de Castro e Neliton João da Silva.
Os elementos informativos e provas colhidos, segundo o MPE, demonstraram que a organização criminosa era comandada por policial da ativa, que se utilizava de técnicas de investigação com o uso de equipamentos da Polícia Judiciária Civil, além da facilidade de ser chefe de operação de uma delegacia da Capital, para facilitar e encobrir as ações criminosas do grupo.
Essa ações envolvem a prática de crimes graves como concussão, corrupção, peculato, roubo e tráfico.
Fonte: Diário de Cuiabá