Faleceu no inicio da tarde desta quarta-feira (30), em Cuiabá, o desembargador aposentado Benedito Pereira do Nascimento, aos 86 anos. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Jardim Cuiabá há dois dias e não resistiu a complicações provocadas por um aneurisma da artéria carótida ou uma dissecção da aorta.
Natural de Cuiabá, Benedito Pereira nasceu em 3 de abril de 1939, filho de Gonçalo José do Nascimento e Vera Pereira do Nascimento. Ele construiu uma trajetória sólida e respeitada no Judiciário mato-grossense, sendo reconhecido como uma das figuras mais influentes da história da Justiça no Estado.
O jurista iniciou sua formação na Escola Modelo Barão de Melgaço e concluiu o Ensino Médio no tradicional Liceu Cuiabano. Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Federal de Direito de Mato Grosso.
Durante sua carreira, ocupou diversos cargos relevantes, entre eles: foi Procurador da República no Estado de Mato Grosso por 16 mandatos, além de atuar como Procurador do Tribunal Regional Eleitoral. Como magistrado, exerceu funções na Comarca de Rosário Oeste e, posteriormente, na Segunda Vara Cível de Cuiabá, onde também foi diretor do Fórum da Comarca da Capital.
Benedito Pereira chegou ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), tendo ocupado as posições de vice-presidente e presidente da Corte, além de exercer a função de Corregedor-Geral de Justiça. Aposentou-se em 2009, encerrando uma trajetória marcada pela ética, equilíbrio e compromisso com a Justiça.
Além de sua contribuição no Judiciário, Benedito também integrou a Academia Mato-Grossense de Letras, ocupando a cadeira de número 20, reforçando sua paixão pela literatura e cultura regional.
Ele deixa a esposa, Odete Pereira do Nascimento, e três filhos: Renan Carlos Pereira do Nascimento, Jordan Pereira do Nascimento e Jorama Pereira do Nascimento.
Até o momento, a família ainda não divulgou informações sobre o velório e o sepultamento.
A morte do desembargador Benedito Pereira representa uma perda irreparável para Mato Grosso, especialmente para os que atuam no meio jurídico e acadêmico. Sua memória e legado seguirão vivos como exemplo de dedicação ao serviço público e à promoção da Justiça. (Folha do Estado)
