Moradores em situação de rua recusam oferta de emprego e um deles pede cachaça para prefeito; vídeo

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A Prefeitura de Sorriso (cerca de 400 km de Cuiabá) intensificou abordagens para ajudar pessoas em situação de rua com trabalho de acolhimento, atendimento especializado, além de auxílio no retorno ao mercado de trabalho ou à sua família ou cidade de origem. Na manhã desta quarta-feira, durante entrega de maquinários para a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semsep), o prefeito da cidade, Ari Lafin (PSDB), chegou a conversar com alguns moradores que estavam no Horto Municipal Sebastião Almeida da Silva.

Um vídeo mostra quando ele tenta convencer um homem a aceitar ajuda e diz que há uma clínica para tratar a dependência química. Enquanto falava, o morador fazia sinal de que queria bebida alcoólica. “Pinga não! Pinga não é o caminho, o caminho é a dignidade”, rebate.

“Venham com a gente, nós vamos internar vocês, vamos cuidar de vocês, nós estamos com os vereadores, estamos com a primeira-dama, vocês são pessoas importantes para nós. Vocês não precisam dessa vida e o poder público pode dar tudo para vocês, nós queremos devolver a dignidade”, acrescentou o prefeito.

Conforme a Prefeitura de Sorriso, houve um aumento no número de moradores de rua, que tem causado transtornos e insegurança à população. As constantes abordagens de pedintes a quem passa por ruas, praças e avenidas da cidade muitas vezes vêm acompanhada de ameaça ou violência.

Na noite do dia 2 deste mês, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados para atender a uma tentativa de homicídio que aconteceu no centro da cidade, em que um morador de rua esfaqueou um homem.

Operação Acolhida

No último domingo (9), servidores da Secretaria Municipal de Assistência Social, Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros, realizaram a“Operação Acolhida”, para abordagem de pessoas em situação de rua em espaços públicos de Sorriso.


O responsável pela Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Sorriso (Compdec), o sargento do Corpo de Bombeiros Alberto dos Santos, explicou que a operação tem o objetivo de acolher pessoas que vivem em estado de vulnerabilidade social e, em especial, resguardar a integridade de toda a população.

Durante as abordagens, os moradores de rua são sensibilizados a aderirem ao serviço de acolhimento provisório ou então receberem auxílio no retorno ao mercado de trabalho ou à sua família ou cidade de origem.

Nestas abordagens os profissionais não podem obrigar a pessoa em situação de rua a aderir ao serviço ofertado. Porém, a equipe realiza um acolhimento humanizado na tentativa de tirá-las das ruas. De acordo com a Prefeitura da cidade, a resistência é forte por parte desta população.

A foi realizada em pontos de maior circulação de moradores de rua, como a Rodoviária Municipal, Marco Zero e nas praças da Juventude e das Fontes. Foram abordadas 13 pessoas em situação de rua. Destas, somente uma aderiu ao serviço de acolhimento ofertado e foi encaminhado pela equipe do Creas para a casa de passagem.

Na Praça das Fontes foram abordadas seis pessoas que faziam uso de bebidas alcoólicas, sendo que quatro eram menores de idade. Todos foram conduzidos à delegacia. Alguns moradores de rua aceitaram receber ajuda para retornarem às suas famílias.

Veja vídeo: 

Fonte: Olhar Direto