Moradores de Cáceres (220 km de Cuiabá) se espantaram com o céu em tom amarelado, provocado pela nuvem de fumaça que encobre o a cidade. O fenômeno é oriundo dos incêndios na vegetação do Pantanal local. O Laboratório de Ictiologia do Pantanal Norte (Lipan) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) publicou uma nota técnica com orientações para os cuidados para manter a qualidade do ar, que já é considerada insalubre em praticamente todo Mato Grosso.
Conforme a nota técnica do Lipan, a fumaça proveniente das queimadas é composta por uma mistura complexa de poluentes, como material particulado (MP 2,5 e MP 10), monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) e metais pesados como chumbo e mercúrio.
As substâncias são extremamente tóxicas e afetam a saúde de forma aguda e crônica, especialmente para grupos vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes.
– Evitar trabalhos extenuantes ou prolongados;
– Reforçar a hidratação para proteção das vias respiratórias;
– Se for necessário aconselhar o paciente a permanecer em ambientes fechados, o ar interno deve ser mantido o mais limpo possível;
– Se sistemas de ar-condicionado forem usados em casa, mantenha a entrada de ar fresco fechada e o filtro limpo para evitar que partículas adicionais contaminem o ar interno;
– Se não houver sistemas de ar-condicionado em casa, ficar em ambientes fechados com as janelas fechadas em clima extremamente quente pode ser perigoso; recomenda-se o uso de abrigos alternativos, como permanecer na casa de um parente ou amigo, ou em um abrigo com ar mais limpo;
– Se for necessário dirigir, ligue o ar condicionado do carro no modo de recirculação para evitar que o ar com fumaça entre no veículo, embora a capacidade desses filtros seja limitada;
– Evitar atividades que aumentem a poluição interna, como o uso de qualquer coisa que queime (lareiras a lenha, fogões a gás, velas, incensos, dispositivos repelentes de mosquitos, entre outros);
– Os pacientes devem ser incentivados a parar de fumar, pois o fumo aumenta a quantidade de poluentes nos pulmões dos fumantes e daqueles ao seu redor;
– Aconselhar pacientes a visitar uma unidade de saúde de referência ao apresentar novos sintomas cardiovasculares ou respiratórios, ou se outros problemas de saúde existentes piorarem;
– Recomendamos que escolas públicas e privadas, bem como Instituições de Ensino Superior, suspendam atividades ao ar livre e atividades físicas, devido a risco à saúde do alunado e insalubridade dos profissionais de educação;
– Adequação da parametrização de risco associado a inalação de MP 2,5, uma vez que o limite nacional para o mesmo é maior que o recomendado pela OMS e outros órgãos;
VEJA VÍDEO